Juana Aguirre transforma a música em um território poroso. Sua música cruza folk e eletrônica, manipula a voz como mais um instrumento, sampleia o ambiente e transforma a produção em um gesto íntimo e expansivo ao mesmo tempo. A atual turnê de apresentação de Anónimo, seu segundo álbum solo, já a levou a Medellín, Bogotá, Santiago do Chile, Londres, Eslovênia, Berlim, Haia, Madri, Barcelona e Ilhas Canárias.
Compositora e produtora autodidata nascida em Buenos Aires, ela passou a primeira metade de sua vida na Nova Zelândia e na Bolívia antes de retornar à Argentina para iniciar sua carreira musical.
Com Claroscuro (2021) e Anónimo (2025), seus dois álbuns solo, ela foi delineando uma obra que oscila entre a introspecção e a expansão: do acústico ao eletrônico, da canção à arquitetura sonora. Ambos os trabalhos foram aclamados por sua sensibilidade poética e força atmosférica, levando-a a tocar em festivais como Primavera Sound, Lollapalooza, Quilmes Rock e Buena Vibra, e a percorrer palcos na Europa e na América Latina. Dois álbuns unidos pela mesma busca: converter a canção em uma experiência transformadora.
Em seu novo álbum, Juana Aguirre expande seu papel de cantora e compositora para assumir as rédeas da produção musical e fundir a alma acústica de suas canções com texturas eletrônicas, batidas distorcidas e uma colagem de samples. Cada canção é um limiar: entre o interior e o exterior, entre a palavra e o ruído, entre a identidade e seu desaparecimento.
Assim como em seu primeiro álbum, Juana Aguirre atravessa a luz e a escuridão nessas dez novas canções, mas desta vez demonstrando sua versatilidade como compositora e arquiteta de paisagens sonoras. Anónimo é um álbum que desafia as categorias e abraça a hibridização da eletrônica e do folk.
Esta apresentação de Juana Aguirre no Indie Rocks é possível graças ao apoio do Programa Ibermúsicas por meio de sua linha de “Apoio à circulação de profissionais da música”, convocatória 2024.
- 14 de outubro, Foro Indie Rocks, Cidade do México