O projeto “Flautarina e Ôctôctô: Ponte Sonora entre Moçambique e Brasil” é uma produção da artista moçambicana Catarina Rombe e do grupo brasileiro Ôctôctô. Catarina Rombe fomenta a cultura da flauta transversal na cidade de Maputo por meio do seu projeto Flautarina. Suas composições apresentam uma rica mistura da música tradicional africana com influências do Afrojazz, Funk, Flamenco e também ritmos brasileiros como samba e bossa-nova. O grupo Ôctôctô, formado inicialmente por oito colegas do Departamento de Música da Universidade de São Paulo, conta com uma trajetória de quinze anos apresentando composições e arranjos inéditos que tecem sonoridades brasileiras com a roupagem erudita que a formação do grupo oferece. A produção da residência é de Yonara Dantas.
O projeto propõe o trabalho em conjunto entre esses dois grupos e países. O cronograma de trabalho inclui etapas de encontros virtuais – para desenvolvimento de arranjos inéditos em conjunto –, e um encontro presencial no Brasil – para ensaios em conjunto dos dois grupos, apresentações, uma conferência e uma oficina sobre músicas africanas.
O projeto Flautarina é uma iniciativa da flautista moçambicana Catarina Rombe e tem por objetivo ampliar a conexão deste instrumento com as sonoridades e ritmos locais através das múltiplas influências que perpassam a formação musical da Catarina. Suas melodias singulares propõem uma reflexão de temas como respeito a vida e ao próximo mediante a combinação estética das suas diversas influencias sonoras. O Flautarina está integrado por: Catarina Rombe (composições, arranjos, flauta transversal e xigovia), Ebenezer Sengo (composições, arranjos, guitarra e produção), Sidney Muzipua (composições, arranjos e baixo elétrico) e Ziegfried Manhique (video maker).
Ôctôctô, formado em 2008 por oito colegas do curso de música da Universidade de São Paulo, tem desenvolvido um trabalho consistente com a música instrumental brasileira em arranjos originais de câmara. O grupo procura estabelecer um amplo diálogo entre a música popular e a erudita, que fazem parte da atividade e formação dos seus membros. Com mais de 15 anos de carreira, a trajetória do Ôctôctô inclui concertos realizados em centros internacionais de excelência em ensino e divulgação musical, além de espaços de formação oferecidos a jovens de baixa renda – sempre com uma recepção calorosa. Ôctôctô já se apresentou em importantes palcos do Brasil, Uruguai, Alemanha, Estados Unidos, Inglaterra, Portugal e Uruguai enquanto realizava projetos de educação musical nas periferias de cidades brasileiras. Sua discografia conta com três álbuns: Ôctôctô (2013), Oito (2018) e Saveiro (2023). Ôctôctô é formado por: Cibele Palopoli (flauta transversal), Yuri Prado (composições, arranjos e guitarra), Marcio Modesto (composições, arranjos e piano), Luís Santiago Málaga (composições, arranjos, clarinete e saxofones), Felipe Roque (arranjos e trompete), Edinaldo dos Santos (trombone), Miguel Antar (arranjos e contrabaixo acústico) e Rubens de Oliveira (arranjos, bateria e percussão).
Este projeto foi uma das seis propostas vencedoras do prêmio “Viagens pela música em língua portuguesa”, promovido pela FUNARTE do Brasil e pela DGArtes de Portugal, com o apoio da CPLP. Uma convocatória que tem como objetivo fortalecer as pontes musicais entre os países de língua portuguesa.
- 13 de outubro, 14h: Participação do grupo Flautarina no grupo de pesquisas NuSom, do Departamento de Música da ECA USP. R. da Reitoria, 215 – Butantã, São Paulo
- 16 de outubro, 18h: Oficina de improvisação musical do grupo Flautarina na Orquestra Errante, ECA USP. R. da Praça do Relógio, 160 – Cidade Universitária, São Paulo
- 17 de outubro, 9h: Bate papo com alunos do curso de música da Faculdade Santa Marcelina. R. Dr. Emílio Ribas, 89 – Perdizes, São Paulo
- 19 de outubro, 16h: Apresentação musical dos grupos Flautarina e Ôctôctô, apresentando o resultado da residência artística e diálogo musical tecido pelos grupos. R. Pedro Soares de Almeida, 104 – Vila Anglo Brasileira, São Paulo – SP