Paulo Bastos participará no programa “Cultural exchange” que terá lugar na Iwate University no mês de setembro de 2025. Trata-se de um evento de troca cultural entre Portugal e o Japão, onde terão lugar concertos, palestras e workshops.
Paulo Bastos apresentará cinco obras originais a ser estreadas neste evento: a primeira para flauta e piano, com base em “Verdes anos” de Carlos Paredes, a segunda, para trompete e eletrónica inspirada em “Frustação” de Carlos Paredes, a terceira, para trompete, peça extremamente virtuosa para este instrumento solo, a quarta, uma obra vertiginosa para flauta, trompete e piano, e a quinta, com base no fado “Canoas do Tejo” de Carlos Carmo, para Flauta, Fagote, Trompete, Tuba e Vibrafone, em que se juntam aos intérpretes portugueses três músicos japoneses. Ainda será feita outra obra composta em conjunto pelos músicos portugueses e japoneses. Este evento vai repetir-se também em Tokyo num espaço Cultural chamado Salon de Música. A convite da Iwate University Paulo Bastos fará uma palestra sobre música portuguesa e lecionará workshop aos alunos da universidade.
Paulo Bastos nasceu em Vila Pouca de Aguiar. Iniciou os seus estudos musicais na Escola de Música do Porto, sob orientação da Professora Hélia Soveral. Estudou Composição na Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo, onde foi distinguido com o “Prémio para o melhor aluno do curso” do Instituto Politécnico do Porto em 1994. Em 2005 concluiu o Mestrado em Análise Musical na Universidade de Aveiro. Trabalhou com compositores e agrupamentos como Álvaro Salazar, Dieter Schnebel, Gerhard Stäbler, Jorge Peixinho, Luís Filipe Pires, Les Percussions de Strasbourg, Nicolaus A. Huber, Sharon Kanach, entre outros. Grande parte da sua produção centra-se na música de câmara e na música infanto-juvenil, apesar do número significativo de obras orquestrais, para instrumento solo e electrónica.
Algumas estreias, gravações, assim como dedicatórias e encomendas da sua música, têm sido destinadas a agrupamentos e músicos de reputada qualidade tais como Coro de Pequenos Cantores de Esposende, Coro Voximini, Duo Jost Costa, Duo Pianísimo, Doppio Ensemble, Grupo Música Nova, Jovens Cantores de Guimarães, Jovem Orquestra do Porto, Kinetix Duo, Kla-Vier Duo, L’Effetto Ensemble, Nomad Duo, Orquestra de Cordas Dedilhadas do Minho, Orquestra Portuguesa de Guitarras e Bandolins, Quad Quartet, Síntese – Grupo de Música Contemporânea, Anne Mercier, Carlos Guilherme, Domingos Costa, Dora Rodrigues, Elsa Silva, Fernando Ramos, João Tiago Magalhães, Jonathan Silva, Justin DeHart, Mário João Alves, Ricardo Antão, Ricardo Pereira, Romeu Costa, Rui Gama, Rui Lopes, Sébastien Paul, assim como outros. Algumas das suas obras estão publicadas em partitura e em cd pela APEM, Artway, Arpejo Editora, Association Bar&Co, AVA Musical Editions, Porto Editora, Revista Salicus, Scherzo Editions, Sonoscopia, e Universidade do Minho.
É professor desde 1996 no Conservatório de Música Calouste Gulbenkian de Braga onde ensina Introdução e Técnicas de Composição, ATC, Composição e Música Electrónica. Foi responsável pela implementação do primeiro curso secundário de composição em Portugal, a funcionar desde 2000 neste conservatório, e do qual é proveniente uma nova, e já muito numerosa, geração de compositores e compositoras denominada a Escola de Composição de Braga.
A proposta de Paulo Bastos foi vencedora das chamadas 2024 do Programa Ibermúsicas na linha de Apoio à circulação de profissionais da música.
- 10 a 13 de setembro, Salon de Musica, Tokyo, e Iwate University, Japón