Autor: Ricardo Gomez Coll

  • InSax, da Costa Rica, se apresentará no Festival de Jazz da Guatemala

    InSax, da Costa Rica, se apresentará no Festival de Jazz da Guatemala

    Com um concerto e uma master class, o quarteto de saxofones costarriquenho InSax participará do 25º aniversário do Guatemala Jazz Festival, coordenado pelo Instituto Guatemalteco Americano (IGA).

     

    O show fará parte da turnê de apresentações da nova produção musical do InSax, chamada AbOriginal. Esse álbum é uma homenagem às etnias indígenas da Costa Rica. As composições são um amálgama de melodias autênticas das comunidades indígenas Cabécar, Maleku, Guatuso e Ngäbere. As gravações foram feitas na área de cada grupo étnico indígena da Costa Rica com canções interpretadas pelos próprios habitantes locais. Essas canções anônimas são o legado de seus ancestrais e foram adaptadas e harmonizadas para o quarteto de saxofones.

     

    InSax é um grupo que tem como objetivo criar um novo tipo de artista costarriquenho, não apenas para contribuir com um repertório totalmente original, mas também para estabelecer um relacionamento solidário e comprometido com a comunidade, por meio de alianças estratégicas com iniciativas ambientais.

     

    InSax participa de concertos, festivais, master classes e atividades para manter e ajudar comunidades e reservas ecológicas, sendo um exemplo para outros artistas na missão de usar a música para melhorar nosso meio ambiente.

     

    A presença do InSax no Guatemala Jazz Festival é possível graças ao apoio do Programa Ibermúsicas através de sua linha de “Apoio à circulação de profissionais da música”, chamada 2024.

     

    • 5 de março 16h: Master Class e 20h Concerto no Guatemala Jazz Festival 2025, Teatro Dick Smith do Instituto Guatemalteco Americano (IGA).
  • Norma Ávila, do Paraguai, y Diego Pérez, da Argentina, conectam-se com a sabedoria ancestral em um laboratório de criação musical e conexão com a cultura guarani

    Norma Ávila, do Paraguai, y Diego Pérez, da Argentina, conectam-se com a sabedoria ancestral em um laboratório de criação musical e conexão com a cultura guarani

    Em março, será realizado no Paraguai o Laboratório de Criação Musical e Conexão com a Cultura Guarani. O laboratório promove o encontro entre Diego Pérez (Nação Ekeko), a cultura guarani e a cantora e compositora paraguaia Norma Ávila, com o objetivo de conectar e criar, em contato com a música, a cultura, a língua e os conhecimentos ancestrais, naturais e espirituais do povo original Ava Guarani.

     

    Será feito um registro de áudio com gravações de cantos, instrumentos e histórias com a ideia de produzir três novas canções que integrem esses sons, bem como um registro audiovisual que reflita em imagens a conexão com a sabedoria original.

     

    Haverá uma masterclass sobre a experiência, na qual será transmitido o conhecimento da música como canal de disseminação do conhecimento ancestral, tão atual e necessário nestes tempos.

     

    A residência será encerrada com um show sonoro em formato de concerto/performance no âmbito da Ceremonia do Mate liderado pela cantora e compositora Norma Ávila, juntamente com Nación Ekeko e membros da comunidade Avá Guarani.

     

    As músicas farão parte de uma série de lançamentos a serem feitos em conjunto por Nación Ekeko e Norma Ávila como o próximo passo após a residência. As gravações audiovisuais farão parte de um pequeno documentário sobre todo o processo.

     

    Este projeto conta com o apoio do Programa Ibermúsicas após ter sido vencedor na linha de Apoio a instituições para residências, chamada 2024.

     

    • Sexta-feira, 14 de março, 22h: Concerto da Nación Ekeko no Club Condesa, Chile 731, Assunção, Paraguai
  • O compositor brasileiro Igor Maia apresenta um workshop e um concerto com o Quasars Ensemble na Eslováquia

    O compositor brasileiro Igor Maia apresenta um workshop e um concerto com o Quasars Ensemble na Eslováquia

    Dentro da estrutura de sua residência artística de três semanas com o Quasars Ensemble em Bratislava, Eslováquia, Igor Maia está realizando várias atividades relacionadas à criação de seu novo trabalho intitulado “Tempo, Terra, Trama” para um conjunto de oito músicos.

     

    O foco da nova obra será o conceito de tempo, explorando abordagens ameríndias, refletindo sobre a relatividade e a passagem do tempo. A obra será estreada em um concerto no Pequeno Estúdio de Concertos da Rádio da Eslováquia. Além disso, o compositor dará uma palestra e um workshop na Academy of Performing Arts in Bratislava.

     

    Igor Maia: compositor e regente nascido em Campinas (1988), é professor adjunto de composição na UFMG desde 2019. Doutor em composição pelo King’s College London (Inglaterra). Premiado em diversos concursos, suas obras foram apresentadas em festivais e concertos na Europa, nas Américas e no Japão.

     

    Quasars Ensemble: fundado em 2008, é um grupo eslovaco reconhecido por sua programação inovadora, que combina música clássica contemporânea com obras raras de épocas passadas. Conhecido por valorizar compositores eslovacos e colaborar com compositores renomados, o ensemble já se apresentou em diversos festivais como o Warsaw Autumn e o Ostrava Days, além de espaços icônicos como o Flagey, em Bruxelas e o Gasteig em Munique.

     

    • 4 de março, 18h15: Workshop en VŠMU, Room 121, 1st floor. Sochova 1, Bratislava, Eslovaquia
    • 5 de março, 19h: Concerto do Quasars Ensemble no Studio STVR, Mýtna 1, Bratislava, Eslováquia
  • Já começou a Residência Choro Latino no Clube do Choro do Porto (Portugal) com o convite de Sergio Valdeos (Peru) e Pedro Aragão (Brasil)

    Já começou a Residência Choro Latino no Clube do Choro do Porto (Portugal) com o convite de Sergio Valdeos (Peru) e Pedro Aragão (Brasil)

    O projeto propõe uma residência artística de três semanas que reúne dois convidados internacionais – o guitarrista peruano Sergio Valdeos e o bandolinista e investigador brasileiro Pedro Aragão ao Clube do Choro de Porto, grupo formado por músicos brasileiros e portugueses que tem desenvolvido um largo trabalho de disseminação de práticas musicais luso-brasileiras em Portugal.

     

    Durante a residência artística serão ensaiadas doze composições inéditas de Sergio Valdeos, especialmente compostas para o Clube do Choro – Porto, baseadas em géneros de música popular urbana da América Latina e Península Ibérica recuperados a partir de pesquisa acadêmica realizada por Pedro Aragão, musicólogo, professor da Universidade do Rio de Janeiro, bandolinista e especialista no estudo de trânsitos sonoros entre a Península Ibérica e a América Latina.

     

    Sergio Valdeos é guitarrista, arranjador e compositor com larga experiência como intérprete e acompanhador no âmbito da música latino-americana. Natural do Peru, trabalhou como violonista e arranjador com artistas renomados como Pilar de la Hoz, Susana Baca, Cecilia Barraza, Cecilia Bracamonte, Rosa Guzmán, Eva Ayllón, e Jean Marco. Fez parte de sua formação musical no Brasil, sendo graduado em violão pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Em 2017 participou como arranjador e violonista junto a Rubem Blades em “A Chabuca”, produção de homenagem a Chabuca Granda (nomeada ao Grammy em 2018). Em 2019 foi lançado “A Chabuca 2”, no qual participou como arranjador e violonista, junto ao cantor português António Zambujo. É professor do Atheliers d´Ethnomusicologie (ADEM) em Genebra, Suíça, onde ministra aulas de música latino-americana.

     

    Pedro Aragão é bandolinista, musicólogo e professor do Instituto Villa-Lobos da Universidade do Rio de Janeiro (UNIRIO). Como bandolinista, realizou concertos e gravações com grandes nomes da música brasileira como Cristina Buarque de Hollanda, Elton Medeiros, Mônica Salmaso, Zélia Duncan e Roberto Silva. Tem destacada atividade como investigador: é organizador dos livros Pixinguinha, Inéditas e Redescobertas (Instituto Moreira Salles, 2012), Pixinguinha, Outras Pautas e Carnaval de Pixinguinha (Instituto Moreira Salles, 2014), voltadas para a recuperação de arranjos deste maestro e compositor brasileiro. É autor do livro O Baú do Animal, voltado para a história do choro no Brasil, vencedor do Prêmio Funarte de Produção Crítica em Música e do Prêmio Silvio Romero (IPHAN) em 2013. Entre os anos de 2018 e 2023 trabalhou como Investigador Auxiliar na Universidade de Aveiro, onde atuou como coordenador do projeto LiberSound: Práticas Inovadoras de Arquivamento para a Libertação da Memória Sonora, financiado pela FCT e que teve como objetivo o estudo dos trânsitos musicais entre países lusófonos a partir de acervos de discos de gramofone. No âmbito do mesmo projeto, realizou em 2022 a série de programas radiofónicos Giro 78: Viagens Sonoras em Goma-Laca, transmitido pela rádio Antena 2 em Portugal e pela Rádio Batuta do Instituto Moreira Salles (Brasil).

     

    Esse projeto foi premiado na chamada 2024 do Programa Ibermúsicas na linha de Apoio a instituições para residências.

     

    • 24 de fevereiro a 17 de março: residência no Centro Cultural STOP (Porto – Portugal)
    • 8 de março: Workshop prático sobre géneros musicais ibero-americanos: Escola de Música Guilhermina Suggia (Porto – Portugal)
    • 13 de março: Palestra sobre os trânsitos de géneros musicais entre a América Latina e a Península Ibérica: Universidade de Aveiro (Aveiro – Portugal)
    • 16 de março: concerto no Teatro Municipal de Matosinhos Constantino Nery
  • O grupo colombiano Enkelé, mulheres na música de tradição oral, inicia sua “Pa’La Cima Tour” com apresentações no Brasil, Costa Rica e México

    O grupo colombiano Enkelé, mulheres na música de tradição oral, inicia sua “Pa’La Cima Tour” com apresentações no Brasil, Costa Rica e México

    Enkelé, voces y tambores é um grupo de sete mulheres que se unem sob a mesma paixão pelas danças cantadas. É um projeto que questiona, promove e divulga o patrimônio cultural das danças cantadas e o patrimônio da miscigenação com a diáspora africana na América Latina, na região do Caribe e nas margens do Magdalena Meio, na Colômbia, para promover espaços livres de violência.

     

    Elas acreditam firmemente que o patrimônio imaterial da música tradicional e das danças cantadas pode promover a reconstrução do tecido social em nossas comunidades, sendo elas mesmas as mediadoras dessa transformação graças à arte. Com essa proposta, buscam levar a representação das danças cantadas das margens do rio Magdalena Meio e do Caribe colombiano a outros países da América Latina a partir da visão feminina e resiliente das novas gerações na música de tradição oral.

     

    Essa turnê do Enkelé também tem como objetivo celebrar a diversidade e o orgulho de ser mulher em um país que está reescrevendo sua história de forma multicolorida, verdadeira, pacífica e equitativa.

     

    O grupo Enkelé, em cada uma de suas apresentações, funde os ritmos característicos da cumbia, do bullerengue e do tambora, ao mesmo tempo em que transmite mensagens importantes sobre a proteção da natureza, a construção de uma cidadania comprometida com a paz e os direitos humanos como eixo fundamental de uma convivência saudável.

     

    A agrupação Enkelé foi vencedora do prêmio “Apoio à circulação de profissionais da música”, chamada 2024 do Programa Ibermúsicas.

     

    • 1 a 4 de março: Festival RecBeat, Recife, Brasil
    • 7 a 11 de março: Tremendas Fest, Costa Rica
    • 12 a 14 de março: Mercado Cultural de Música URÁ, San José, Costa Rica
    • 16 a 17 de março: Fandango Mezcalero em Chilpancingo, Guerrero, México
    • 19 a 21 de março: Festival da Primavera, Cuernavaca, México
  • O Heldentenor brasileiro Caê Vieira iniciou sua preparação intensiva de papéis de óperas de Wagner na Alemanha

    O Heldentenor brasileiro Caê Vieira iniciou sua preparação intensiva de papéis de óperas de Wagner na Alemanha

    Caê Vieira é Heldentenor, uma classificação muito particular: uma voz que fica entre o tenor e o barítono e que funciona especificamente para o repertório lírico alemão de compositores como Richard Wagner e Richard Strauss. Ele recebeu o convite do pianista Klaus Sallmann para se especializar com ele por um período intensivo de quatro meses em Berlim, na Alemanha.

     

    Klaus Sallmann é pianista preparador da Staatsoper em Berlim, uma das mais renomadas casas de ópera de todo o mundo e é especializado no repertório wagneriano, o que o qualifica para ser o profissional ideal para preparar o Heldentenor Caê Vieira para uma carreira de nível internacional, tornando-se um dos poucos negros sul-americanos capazes de cantar esse repertório tão difícil.

     

    Caê Vieira é Professor de Canto da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Ele atua como Cantor, Regente Coral, Professor de Canto e de Regência. É doutor em Regência Coral (DMA) pela The University of Alabama, é mestre em Ciências da Religião pela Universidade Metodista de São Paulo, possui Bacharelado em Música – Habilitação em Canto pela Universidade Estadual Paulista (2000) e graduação em Medicina Veterinária pela Universidade Estadual de Londrina (1996).

     

    Atuou como regente titular dos coros adultos da 1a Igreja Presbiteriana Independente de São Paulo entre 2001 e 2012. Na área de regência, tem experiência na área de Música Coral, Música Antiga e Música Sacra. Na área de Canto, atua principalmente em Música Antiga, Lieder e ópera. É ainda estudioso de pedagogia vocal e da área de dicção com interesse em dicção do Português Brasileiro Cantado.

     

    Com histórico de atividades no Brasil, Alemanha e EUA e devido ao seu domínio de seis idiomas, Caê Vieira tem uma presença internacional no campo da música. Entre 2016 e 2018, foi professor de música na Minot State University (Minot, ND, EUA).

     

    Na ópera, é classificado como um Heldentenor (Tenor Heróico), com voz metálica, timbre rico e encorpado em toda a tessitura. Por anos, Caê cantou previamente como barítono e teve um total de 24 papéis em seu repertório incluindo compositores como Mozart, Verdi, Puccini, Bizet e Tchaikovsky. No palco, ele já foi visto como Figaro (Rossini), Guglielmo (Mozart), Jupiter (Offenbach) e Escamillo (Bizet), entre outros. Desde 2020, ele tem explorado sua nova classificação preparando principalmente papéis wagnerianos. No início de 2023 lançou um CD juntamente com o mezzo-soprano Lara Cavalcanti e o pianista Silas Barbosa apresentando Lieder de Sigismund von Neukomm em primeira gravação mundial e modinhas do período da independência do Brasil.

    Caê Vieira foi vencedor do edital 2023 de Apoio à Circulação do Programa Ibermúsicas.

  • A gravadora peruana Buh Records apresenta sua edição limitada de 500 cópias em vinil da compilação “Travesías”, da compositora venezuelana Oksana Linde

    A gravadora peruana Buh Records apresenta sua edição limitada de 500 cópias em vinil da compilação “Travesías”, da compositora venezuelana Oksana Linde

    As peças musicais incluídas em Travesías foram compostas e produzidas por Oksana Linde entre 1986 e 1994, em seu estúdio particular em San Antonio de Los Altos, Venezuela. Elas pertencem ao mesmo período criativo que as peças incluídas em Aquatic and Other Worlds (Buh, 2022), mas são composições que fizeram parte de momentos específicos da trajetória musical de Linde, razão pela qual não foram incluídas nesse álbum.

     

     

    As peças “Mundos Flotantes”, “Horizontes Lejanos” e “Arrecifes en el espacio” foram compostas expressamente para o espetáculo Travesía Acuastral, apresentado por Linde em fevereiro de 1991 na Casa Rómulo Gallegos, como parte do 3º Encuentro de la Nueva Música Electrónica, produzido por Maite Galán e com a cumplicidade do grupo Musikautomatika (formado por Luis Levin, Alvise Sacchi e Stefano Gramitto). Esse evento foi um marco para a articulação de uma cena de música eletrônica experimental na Venezuela, na época, uma das mais ativas da América Latina. Além de grandes nomes venezuelanos, como Miguel Noya, Beatriz Bilbao, Gerry Weil e Vinicio Adames, entre outros, participaram artistas estreantes como Alberto Robert, Winston Borrero e Oksana Linde.

     

     

    Linde apresentou um total de dez peças, algumas delas com a participação de Aimé Tillett no oboé e Elisa Ochoa na flauta. Foi o primeiro e único concerto realizado pela artista. As dificuldades de levar ao palco a complexa manipulação de vários sintetizadores ao vivo, somadas a várias falhas técnicas, a dissuadiram de repetir a experiência. Esta compilação resgata três das gravações feitas por Linde, antes da apresentação ao vivo e que, como todas as gravações incluídas aqui, vêm de antigas fitas cassete que a artista armazenou durante anos e que foram digitalizadas e restauradas para esta edição.

     

    O nome “Travesía Acuastral” refere-se à imaginação surrealista que estimulou grande parte da produção da  artista, em particular a ideia de estados da matéria que não têm fronteiras entre si, que podem se transmutar, como nas imagens de um sonho. Essas ideias de formas extraordinárias de perceber a realidade se conectaram em algum momento com certas tendências de meditação alternativa, como o Reiki, uma técnica que faz parte das terapias energéticas e que consiste em transferir energia universal para um paciente por meio das mãos. Linde começou a se interessar por esse tipo de terapia em meados da década de 1980, alguns anos após os graves problemas de saúde que a levaram a abandonar seu emprego como pesquisadora química.

     

    Foi Julio César González, um famoso mestre curandeiro venezuelano, que, ao conhecer o talento de Linde, pediu que ela compusesse algumas peças para serem usadas em sessões de meditação. O interesse da artista aumentou quando ela assistiu a uma palestra de uma discípula da mundialmente famosa curandeira espiritual e empresária Barbara Ann Brennan e também descobriu a técnica de cura de Dasihara Narada. O resultado foram sete composições, das quais esta compilação resgata quatro: “Luciérnagas en los manglares”, “Estrellas I” e “II” e “Kerepakupai vena”. Esta última se refere a duas palavras da comunidade indígena Pemón do sudeste da Venezuela, que significa Angel Falls, o nome de uma famosa cachoeira, conhecida por ser a mais alta do mundo, localizada no estado de Bolívar, Venezuela. Nesse sentido, o nome também se refere a outro dos temas favoritos de Linde: a água. Em meados da década de 1990, a artista já havia se desvinculado do Reiki.

     

     

    “Sahara” é uma das últimas peças gravadas por Linde e data de 1994, pouco antes de ela vender todos os seus equipamentos eletrônicos, sofrendo com vários problemas financeiros e de saúde. É uma das peças mais extensas da compositora, em que os acordes permitem um desenvolvimento climático e motivos marcantes, talvez inspirados no legado do compositor impressionista Claude Debussy, de grande influência na música cinematográfica e na eletrônica espacial de artistas como Isao Tomita.

     

    Travesías nos permite redescobrir o trabalho de um artista que já é um artista essencial. O impacto de Aquatic e other worlds rapidamente estabeleceu Oksana Linde no lugar que ela merece como uma artista com um estilo pessoal profundamente evocativo. Travesías continua o trabalho de trazer à luz um dos mais fascinantes arquivos musicais de música eletrônica produzidos na América Latina.

     

    A1 Luciérnagas en los manglares (2:29)

    A2 Mundos flotantes (4:35)

    A3 Horizontes lejanos (3:34)

    A4 Arrecifes del espacio (1:41)

    A5 Estrellas I (3:00)

    B1 Sahara (9:34)

    B2 Kerepakupai vena (2:58)

    B3 Estrellas II (2:58)

     

     

    Todas as peças foram compostas e produzidas por Oksana Linde. Produção, compilação e notas de Luis Alvarado. Masterizado por Alberto Cendra no Garden Lab Audio. Foto da capa por Elisa Ochoa Linde. Arte e design de Gonzalo de Montreuil. Masterização por Alberto Cendra no Garden Lab Audio.

     

    Esse álbum foi possível graças ao Programa Ibermúsicas, por meio de seu apoio a projetos virtuais.

     

     

    Ver em: https://youtu.be/X8YXOL8m7Js

  • O compositor argentino Lucas Querini apresenta o vídeo da estreia de sua obra Fantasía Sinfónica, vencedora do Prêmio  Ibermúsicas em Homenagem ao 100º Aniversário de “La Cumparsita”

    O compositor argentino Lucas Querini apresenta o vídeo da estreia de sua obra Fantasía Sinfónica, vencedora do Prêmio  Ibermúsicas em Homenagem ao 100º Aniversário de “La Cumparsita”

    “Fantasía Sinfónica: La historia del Tango” é a obra de Lucas Querini que ganhou o primeiro prêmio no concurso de composição ibero-americano proposto pelo Uruguai através da CIATyC (Comisión Interministerial de Apoyo al Tango y al Candombe en Uruguay) dos Ministérios de Educação e Cultura, Relações Exteriores e Turismo desse país junto com o Programa Ibermúsicas.

     

    Fantasía Sinfónica é uma obra inspirada no vasto universo sonoro oferecido pelo tango como música tradicional argentina. Em um contexto sinfônico que inclui o bandoneón como representante desse patrimônio cultural, a música alça voo evocando os gestos típicos, as paisagens, os personagens, os intérpretes, os compositores e os poetas que alimentaram essa expressão artística ao longo dos anos. Organizada em doze cenas, a obra é baseada em variações de um tema principal que muda em cada cena de acordo com o espírito de cada evocação.

     

    Assim, a música nos transporta das paisagens gaúchas dos pampas para os subúrbios de Buenos Aires, onde os ritmos dos afrodescendentes se misturam à música europeia da onda de imigração do início do século, em uma mistura tão elegante quanto o canyengue. O primeiro clímax é alcançado com a lembrança da era de ouro, no bandoneón maior de Buenos Aires Aníbal Troilo, na La Yumba de Osvaldo Pugliese e no piano de Horacio Salgán. As últimas cenas têm a intenção de homenagear as ideias do gênio renovador de Astor Piazzolla, que reaparecem na cena dedicada ao trabalho do contemporâneo Fernando Otero. A cena final é uma ode vibrante dedicada aos milhares de artistas que, nestes tempos, gritam “O tango está voltando”, porque ele nunca foi embora, porque está sempre voltando.

     

    Cena I: Cantor e violão

    Cena II: Pampeana

    Cena III: Mate

    Cena IV: Tocá Tangó

    Cena V: Valsecito

    Cena VI: Onde a lama se revolta…

    Cena VII: Canyengue (para Anibal Troilo)

    Cena VIII: Yumba (para Osvaldo Pugliese)

    Cena IX: Revolucionario (para Astor Piazzolla)

    Cena X: Umpa-Umpa (para Horacio Salgán)

    Cena XI: Tango X (para Fernando Otero)

    Cena XII: Vuelve el Tango (para a Máquina Tanguera)

     

    Fantasía Sinfónica teve sua estreia internacional em Bogotá, Colômbia, em 20 de abril, no Auditório Fabio Lozano, e em 21 de abril, no Auditório León de Greiff, pela Orquesta Sinfónica Nacional de Colombia, regida pelo maestro Juan Pablo Valencia Heredia e com a participação solista do bandoneonista Giovanni Parra. Em julho de 2023, teve sua estreia nacional executada pela Orquesta Sinfónica de Rosario, sob a regência do maestro Javier Más, no Teatro “El Círculo”, em Rosario, Argentina, com a participação solista do bandoneonista Danilo Cernotto.

     

    Lucas Querini é um pianista e compositor argentino. Radicado na cidade de Rosario, desenvolve um intenso trabalho musical como artista e professor, com especial interesse em relacionar a tradição acadêmica com a música folclórica de seu país. Formou-se em piano e composição na Universidade Nacional de Rosário e estudou música popular com personalidades importantes da Argentina e do Brasil. Desenvolveu uma ampla atividade profissional, trabalhando com artistas de música popular e acadêmica. Fez cinco turnês internacionais, dando concertos na Alemanha, França, Bélgica, Holanda, Suíça, Dinamarca e Espanha. Premiado em concursos nacionais e internacionais como compositor e arranjador, estreou músicas com a Orquesta Sinfónica Provincial de Rosario, a Orquesta Sinfónica Provincial de Santa Fe, a Orquesta de Cámara Municipal de Rosario, a Orquesta Sinfónica Juvenil Kayen de Tierra del Fuego e um grande número de conjuntos e grupos no país e no exterior. É professor de piano no curso de Música Popular da Universidad Nacional del Litoral.

    https://www.youtube.com/@LucasQuerini

  • Está aberta a inscrição para fazer parte do 4º Ciclo Anual de Práticas de choro em Buenos Aires, Argentina

    Está aberta a inscrição para fazer parte do 4º Ciclo Anual de Práticas de choro em Buenos Aires, Argentina

    O grupo de choro argentino Mistura & Manda, através de seu projeto de formação “Choro Parceiro Argentina”, propõe o 4º Ciclo Anual de “Práticas de Choro” para músicos que desejam aprender ou aprofundar seus conhecimentos neste belo gênero musical instrumental tipicamente carioca. Com a coordenação de um grupo de músicos com experiência no gênero, serão realizadas dez práticas de choro por mês.

     

    Mistura & Manda é um grupo de músicos argentinos que se dedica exclusivamente ao choro há 20 anos. A partir de 2020, acrescentaram à sua atividade musical a tarefa de divulgar e ensinar o gênero musical por meio da iniciativa Choro Parceiro Argentina, um projeto que conta com o apoio institucional da Escola Portátil de Música – EPM Rio de Janeiro.

     

    Desde 2004, e de forma ininterrupta, Mistura & Manda tem realizado um grande número de apresentações em todos os tipos de locais e para diferentes públicos, incluindo prestigiadas salas de concerto, universidades, festivais, bares, centros culturais, institutos de idiomas, estações de rádio, casas de música ao vivo, entre outros. Eles foram repetidamente selecionados para a programação dos “Bares Notables” do Ministério da Cultura da Cidade de Buenos Aires.

     

    Em 2011, lançaram seu primeiro CD “Choro Vivo”, no qual registraram parte de seu trabalho de arranjos, interpretação e composição dentro do gênero.

     

    Fizeram várias apresentações na Embaixada do Brasil, que concedeu ao grupo uma carta de apoio institucional. Tendo recebido o apoio do Ibermúsicas em 2015, no ano seguinte apresentaram seu segundo disco “Lloros” (choros de compositores argentinos) na Casa do Choro do Rio de Janeiro e na Escola Portátil de Música do Rio de Janeiro, com grande aclamação de renomados músicos cariocas e do público especializado.

     

    Este segundo disco foi dedicado aos compositores argentinos que se aventuraram no choro, demonstrando os estreitos laços culturais entre as capitais dos dois países a partir da década de 1920. O trabalho reúne obras de grandes mestres como Atahualpa Yupanqui, Eduardo Falú, Horacio Salgán, Oscar Alemán, Roberto Grela, Juan Falú, Rudi Flores e composições de Gabriel Trucco, Esteban Ibañez e Sebastián Luna, integrantes do Mistura & Manda. Essa produção, que conta com convidados do porte de Juan Falú, Rudi e Nini Flores, e o Trío Turuna (Brasil), foi escolhida pelo jornal Página 12 como um dos 10 melhores álbuns de 2016. Em 2018, parte desse material foi apresentado com a Orquesta de Cámara del Congreso de la Nación, com arranjos especialmente escritos para a ocasião por grandes arranjadores cariocas (Mauricio Carrilho, Paulo Aragao, Pedro Paes, Jayme Vignoli).

     

    Em 2019 fizeram uma apresentação em Buenos Aires com duas referências do gênero como Mauricio Carrilho e Paulo Aragao, e iniciaram a série de shows “Vibraciones” pelos 15 anos de carreira do grupo, com convidados especiais como Andrés Pilar, Noelia Moncada, Rudi Flores, Rogerio Souza e Juan Falú.

     

    Em 2020, criaram o projeto “Choro Parceiro Argentina”, um espaço de formação para músicos da região, incorporando a saxofonista Magalí Carballo como membro do corpo docente. Obtiveram a Beca Formadores 2021, concedida pelo Fondo Nacional de las Artes (FNA) e realizaram o ciclo anual de Práticas de Choro durante 2022, 2023 e 2024.

     

    Na convocatória 2024 do Programa Ibermúsicas, receberam o Prêmio Especial Brasil/Ibermúsicas concedido pela FUNARTE (Fundação Nacional de Arte) do Brasil, somando assim mais um merecido reconhecimento ao seu trabalho, desta vez concedido pela mais alta instituição governamental de cultura do país de origem do choro. Este prêmio especial do Programa Ibermúsicas, em colaboração direta com a FUNARTE, tem como objetivo mapear e ao mesmo tempo reconhecer as iniciativas dedicadas à divulgação, pesquisa e ensino da música brasileira, em qualquer parte do mundo e fora do território nacional.

     

    • A partir de domingo, 9 de março, sempre das 17h às 19h30 e durante mais 9 domingos até dezembro no “Bar de Fondo”, Julián Álvarez 1200, Palermo, Buenos Aires, Argentina.
    • Inscrições em: @choroparceiro_argentina
  • O programa “Tango para Músicos” abre inscrições para suas aulas intensivas em Bogotá, Colômbia

    O programa “Tango para Músicos” abre inscrições para suas aulas intensivas em Bogotá, Colômbia

    Entre os dias 16 e 21 de junho, Bogotá vibrará ao ritmo do tango. Tango para Músicos é um programa de treinamento criado para músicos, conjuntos, arranjadores e compositores de todos os níveis que desejam aperfeiçoar sua arte e se conectar com a comunidade internacional do tango.

     

    Ele contará com aulas intensivas de uma semana na Universidad de los Andes, em Bogotá, com os principais mestres argentinos: Paulina Fain, Exequiel Mantega, Pablo Jaurena, Ignacio Varchausky, Sebastián Henríquez, Guillermo Rubino. Juan Villarreal e com o bandoneonista colombiano Giovanni Parra.

     

    Esse projeto foi premiado pelo Programa Ibermúsicas em sua linha de “Apoio à programação musical”, chamada 2024.