Autor: Ricardo Gomez Coll

O projeto consiste num estágio de Bárbara López Silva em Santa María Tlahuitoltepec, Oaxaca, México, para estudar durante os meses de maio e junho o método de trabalho orquestral desenvolvido pela maestrina Leticia Gallardo, directora da Banda Mujeres del Viento Florido e da banda infantil de Tlahuitoltepec. O trabalho abordará o repertório musical tradicional e as metodologias utilizadas nas bandas de sopro e percussão, bem como a cultura própria das integrantes, terminando com uma atuação ao vivo com elas.

 

Bárbara López Silva iniciou os seus estudos em pedagogia musical em 1998, ao mesmo tempo que estudava trompete e desde então tem estado ligada às artes musicais em diferentes grupos como a Banda Conmoción, Peces Sexteto, entre outros. Para além do seu trabalho artístico, deu aulas de música em diferentes jardins de infância de Santiago do Chile e deu aulas de trompete e trombone para crianças em orquestras escolares da capital. Atualmente, trabalha como professora de trompete, trombone e flauta na orquestra instrumental de crianças e jovens de Lonquimay e compõe e toca na banda Música en mi jardín, cujo principal objetivo é criar canções para as crianças de hoje.

 

Leticia Gallardo Martínez nasceu em Santa María Tlahuitoltepec, Oaxaca, México, em 1978. É compositora, educadora, clarinetista, diretora e fundadora da primeira banda feminina regional, Mujeres del Viento Florido, para a preservação da cultura Mixe, promoção e inclusão das mulheres na música tradicional. Iniciou os seus estudos musicais aos 8 anos de idade no Centro de capacitação musical e desenvolvimento da cultura Mixe na comunidade de Santa María Tlahuitoltepec onde aprendeu percussão, solfejo e clarinete. De seguida, estudou violoncelo na Escuela de Música Vida y Movimiento do Centro Cultural Ollin Yolizztli na Cidade do México. Estudou uma licenciatura em Artes no Instituto Multidisciplinario de Especialização na cidade de Oaxaca, bem como cursos de educação bilíngue em espanhol e mixe no nível pré-escolar. Foi membro das bandas do CECAM, da banda municipal e de outros grupos oaxaquenhos que atuaram em vários estados da República Mexicana. Estudou pedagogia na Universidade Pedagógica Nacional de Oaxaca e licenciou-se como professora do ensino básico.

 

Em 2009, a banda regional Mujeres del Viento Florido foi fundada de forma independente pelos pais das raparigas, bem como por mulheres musicistas da comunidade, uma vez que muitas delas não estavam autorizadas a participar em bandas regionais devido ao facto de se tratar de um domínio maioritariamente masculino. A banda conta com a participação de 40 raparigas e adolescentes de várias regiões de Oaxaca. Participou no Encuentro Internacional de Directas de Bandas Musicales, colaborou com artistas como Mon Laferte em Se va la vida, Alejandra Robles, Lila Downs Mujercita Músico e Vivir Quintana com a canção Vivir sin miedo en ayuujk.

 

Bárbara López é vencedora das Ajudas à especialização e ao aperfeiçoamento artístico e técnico do sector musical, editais 2023.

 

• 31 de maio, 17h: Concerto final do estágio no CECAM, Santa María Tlahuitoltepec, México

Desde 2010, Primavera Pro tem sido um encontro global para o mundo da música, reunindo os profissionais e artistas que compõem o presente e o futuro da indústria. Realizado em Barcelona como parte do Primavera Sound, o evento serve de ponto de encontro para estabelecer ligações, partilhar conhecimentos e gerar ideias. Constitui o quadro ideal para se afirmar como a principal plataforma de internacionalização do talento.

 

Esta edição contará com sessões de networking, conferências, mesas redondas, showcases e dois convites abertos a projetos: Ideas Showroom e Can You Hear The Echo?

 

O Programa Ibermúsicas, através da sua linha de Bolsas de Programação, apoia a presença no Primavera Pro de Ariel Chichotky (Argentina) da Dale Play Records, María Ramírez (Colômbia) da Queen Street Talent e Bruno Duque (México) da TuneCore.

 

 

• 27 de maio a 2 de junho: Primavera in the City, Primavera Pro, Barcelona, Espanha.
• 29 a 31 de maio: Centre de Cultura Contemporània de Barcelona (CCCB), Barcelona, Espanha
• 29 de maio a 2 de junho: Parc del Fòrum, Barcelona, Espanha

O professor e violonista brasileiro Emiliano Castro dará workshops sobre o método O Passo em Barcelona e fará também vários concertos.

 

Emiliano Castro é um músico brasileiro, professor de música e antropólogo que se dedica à música brasileira, ao flamenco, à música latino-americana e à música africana.

 

Em Espanha colaborou com músicos como Jorge Pardo, Javier Colina, Jaume Vilaseca, Xavier Batllés, Jabu Morales, Flavio Rodrigues, Irene Atienza, Ana Rossi, Quim Ollé, Mû Mbana, Antonio Restucci, entre outros. Gravou para selos como Harmonia Mundi, Subterfuge Records e Ventilador Music, entre outros.

 

No Brasil trabalhou com nomes como Emílio Santiago, Guinga, Yamandú Costa, Paulo Bellinati, Zizi Possi, Zeca Baleiro, Fagner, Fabiana Cozza, Nei Lopes, Cristóvão Bastos, Marina de la Riva, Alessandro Penezzi, André Mehmari entre outros reconhecidos internacionalmente.

 

Viveu em Barcelona durante cinco anos até 2005. Aí estudou guitarra flamenca no Conservatori Superior de Música del Liceu e é reconhecido na cidade como uma figura importante na apresentação e consolidação do cultivo do choro, gênero fundador da música brasileira.

 

Trabalhou em diferentes países da Europa, nas três Américas e em África. Colaborou como guitarrista, compositor, arranjador ou produtor musical em mais de 50 álbuns. Sua discografia inclui ‘7 Caminos’ (Selo Sesc, BR) e ‘Kanimambo’ (independente) disponível em todas as plataformas.

 

Trabalha há dezessete anos com o método O Passo e, junto com seu autor, Lucas Ciavatta, é professor formador do método e diretor adjunto do Instituto O Passo.

 

Criado pelo músico e educador brasileiro Lucas Ciavatta em 1996 e tendo como princípios inclusão e autonomia, o método de educação musical O Passo entende o fazer musical como um fenômeno indissociável do corpo, da imaginação, do grupo e da cultura. O Passo surge em resposta aos modelos altamente seletivos de acesso à prática musical e tem a riqueza do fazer musical popular brasileiro como sua grande influência. A música como um direito. Com O Passo, todos podem fazer música com tranquilidade. O saber e o fazer musical são acessíveis a qualquer pessoa.

 

Esta proposta foi vencedora do Ibermúsicas na linha de ação de Ajudas ao Sector Musical para a Circulação, edital 2023.

 

• 20, 21 e 23 de maio: oficina “Corpo, Música e Movimento” para crianças de 8 a 10 anosem Trémolo, Escola de Música, Barcelona, Espanha
• 23 e 27 de maio: oficina para jovens em capacitação pelo projeto CP em Project Passwork, Fundação Adsis, Barcelona, Espanha
• 18 de maio das 10h às14h: oficina de música com o método O Passo para o público amplo em Trémolo, Escola de Música, Barcelona, Espanha

O concerto Filó Machado, 60 Anos de Música, vai circular pelo Alentejo, Algarve e Região Metropolitana de Lisboa.

 

No palco, Filó Machado (voz e violão) se apresenta acompanhado por Felipe Machado (violão e voz) e Lisandro Massa (piano/teclados), uma das apresentações tem participação especial de músicos que integram formações de jazz da Sociedade Capricho Setubalense, em Setúbal, executando músicas de Filó Machado especialmente selecionadas para a ocasião. A digressão ainda contempla a realização de duas masterclass.

 

Filó Machado, 73 anos, é reconhecido não só pelo virtuosismo como multi-instrumentista ou pela originalidade e criatividade nas composições; sua interpretação encanta pelo timbre personalíssimo e pela força de seu canto. O roteiro ilustra sua rica e longa trajetória de parcerias em paralelo à sua busca pela originalidade: acordes inspirados com uma liberdade despretensiosa, usando as linhas melódicas como elementos de ligação entre as perspectivas e as influências recebidas. Filó Machado 60 Anos de Música é uma viagem que promete emocionar o público pelos acordes, pelas melodias e pelas canções.

 

Filó Machado, que começou a tocar aos 10 anos, é cantor, compositor, multi-instrumentista, arranjador e produtor. Com mais de 60 anos de carreira, 14 discos gravados, um Prêmio Profissionais da Música – Categoria Autor e uma indicação ao Grammy Latin Jazz, é considerado um “mestre da música”. Entre discos e palcos, realizou trabalhos com nomes como: Michel Legrand, Jon Hendricks, Dory Caymmi, Gal Costa, João Donato, Raul de Souza, Arismar do Espírito Santo, Leny Andrade, Os Cariocas, Tetsuo Sakurai, Hermeto Pascoal, Andreas Oberg, John Patitucci, Djavan, Jorge Vercillo, Rosa Passos, SWR Big Band Stuttgard e Warvey Waynapel, entre outros.

 

Esta digressão portuguesa de Filó Machado é apoiada pelo Ibermúsicas através das Ajudas ao Sector Musical para a Circulação, convocatória 2023.

 

 

• 17 de maio, 23h: Concerto em ONFITA, mostra musical paralela ao FITA, Festival Internacional de Teatro do Alentejo na Galeria do Desassossego, Rua da Casa Pia, 26 Beja, Alentejo, Portugal
• 18 de maio, 22h: Concerto em ARCM Associação Recreativa e Cultural de Músicos, Rua do Castelo 2/4, Faro, Portugal
• 19 de maio, 16h, Masterclass em ARCM Associação Recreativa e Cultural de Músicos Rua do Castelo 2/4, Faro, Portugal
• 25 de maio, 16h: Sociedade Musical Capricho Setubalense Rua da Sociedade Musical Capricho Setubalense , Setúbal, Portugal
• 25 de maio, 22h: Participação especial na Sociedade Musical Capricho Setubalense, com contrabaixo e seus naipes de Metais e Percussão na Sociedade Musical Capricho Setubalense, Rua da Sociedade Musical Capricho Setubalense, Setúbal, Portugal
• 31 de maio, 21h: Concerto em Cascais Jazz Club, Largo Cidade de Vitoria, 36 Cascais, Portugal
• 2 de junho, 20h, Local 1399 Live • Art • Room, Rua do Vale de Santo António, 48c, Lisboa, Portugal

As Karuana é um coletivo de mulheres indígenas formado por diferentes etnias da região do Baixo Tapajós no Oeste do Pará, Borari, Tapajó, Kumaruara e Tupinambá. São mulheres que atuam em suas comunidades na preservação da cultura e na proteção do meio ambiente em defesa de seus territórios.

 

Karuana, na língua indígena Tupi significa encantados que na cosmologia indígena são os protetores dos rios e das florestas, assim o nome faz alusão as mulheres defensoras indígenas. As Karuana cantam em defesa dos rios das florestas e os direitos originários e tem a arte musical como instrumento de luta, resistência, educação ambiental, fortalecimento espiritual, empoderamento e autoestima da mulher.

 

Desde de 2019, As Karuana levam a voz e representatividade das mulheres indígenas da região ocupando diferentes espaços e públicos. Realizam e participam de projetos socioculturais e ambientais.

 

Em 2021, o coletivo gravou o primeiro álbum “Vozes dos rios e florestas“ disponível nas principais plataformas digitais.

 

Em 2022, receberam um prêmio internacional com o título NATV Indigenous Artist Awards 2022, concorrido com artistas indígenas de diferentes países das Américas.

 

“Vozes do Tapajós contra as Mudanças climáticas” é um projeto que será desenvolvido pelo coletivo de Mulheres Indígenas as Karuana em Berlin na Alemanha em coalizão com o Festival Arte, Política e Inclusão organizado pela Associação A Gente E.V, que visa fortalecer e ampliar a influência artística dos povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais na cena artístico- cultural na Alemanha.

 

As Karuana ganharam o concurso Ibermúsicas 2023 para a modalidade de Ajudas para a Circulação Internacional.

 

 

• 17 de maio as 13hs e 15min,h, Roda de conversa sobre os povos tradicionais e mudanças climáticas, Espaço Expor Iniciative Berlim, Alemanha

 

• 17 de maio 15h, Oficina instrumental de tambor: significado, origem e conhecimentos básico musical para os povos originários, Espaço Expor Iniciative Berlim, Alemanha

 

• 17 de maio 15h, Oficina instrumental de maracas: significado, origem e conhecimentos básicos musical para povos indígenas, Espaço Expor Iniciative Berlim, Alemanha

 

• 17 de maio 20h, Show musical As Karuana, Espaço Expor Iniciative Berlim, Alemanha

 

Endereço: EXPOR INICIATIVE, Hermannstraße 86, 12051, Berlin

Duo Repicado, de Fábio Leal e Carol Panesi, leva o novo show do Duo pela primeira vez nas cidades de Lima, Arequipa e Cusco, no Peru, e em Córdoba, na Argentina.

 

Além do show, a fim de ampliar o intercâmbio cultural entre músicos brasileiros, peruanos e argentinos, o duo fará o workshop “Improvisação e o Sotaque da Música Brasileira”, em Córdoba, e em Arequipa cada músico fará um workshop diferente: Fábio ministrará o workshop “Ritmos Brasileiros e improvisação na Guitarra” e Carol ministrará o workshop “Música Universal – Prática de Conjunto”.

 

O duo, composto por Carol Panesi (violino e piano) e Fábio Leal (guitarra) atua desde 2020, quando receberam do Sesc Consolação (SP) o convite para realizar o show de reabertura do Programa Sesc Instrumental. A performance do duo fluiu com uma interação notável, o que os estimulou a gravar o álbum “Arte é Oração”, o que ocorreu em dezembro do mesmo ano.

 

No repertório do show proposto em Arequipa e Córdoba constam músicas autorais presentes no álbum “Arte é Oração”, assim como músicas inéditas compostas tanto por Carol Panesi quanto por Fabio Leal com foco nos ritmos brasileiros: forró, xote, frevo, choro e maracatu.

 

O show de Córdoba (Argentina) será no Sindicato dos Músicos da Província de Córdoba, no encontro de intercâmbio cultural e formação profissional que acontece anualmente no local. Em 2019, Carol esteve em Córdoba, no Sindicato dos Músicos da Província de Córdoba, e realizou uma oficina, criando laços artísticos com músicos locais e com a instituição.

 

O Show de Arequipa (Peru) será no Festival “CAN JAZZ” edição 2024 na “Plaza de Armas” da cidade de Arequipa. O festival de jazz e música popular latinoamericana já é realizado a muitos anos na cidade, visando fomentar o intercâmbio artístico e cultural entre músicos latinoamericanos. O show de Cusco será realizado na Casa Palacio Jazz Club.

 

O Duo Repicado tem grande importância na profusão da música brasileira popular contemporânea autoral na cena internacional. O projeto leva ao público uma experiência de criatividade e inovação musical pela fusão entre as diferentes linguagens musicais brasileiras, das mais regionais entrelaçadas com as mais contemporâneas. Celebra a diversidade musical, honrando as raízes culturais do Brasil e apresenta-se como forma de resistência à homogeneização e à padronização da indústria musical.

 

O Duo já se apresentou em cidades do Brasil como São Paulo, Rio de Janeiro e fez seu primeiro show internacional em setembro de 2023 na Embaixada do Brasil, no Paraguai, com a participação do baterista paraguaio Seba Ramires.

 

A proposta do Dúo Repicado foi beneficiária das Ajudas do Ibermúsicas – edital 2023 na linha de Ajudas ao Sector Musical para a Circulação.

 

 

• 16 de maio, 10:30h Workshop de Fabio Leal no Sindicato de Músicos de la Provincia de Córdoba, Pje. Groppo 1137, Ciudad de Córdoba, Argentina
• 17 de maio, 15h Workshop de Carol Panesi no Sindicato de Músicos de la Provincia de Córdoba, Pje. Groppo 1137, Ciudad de Córdoba, Argentina
• 18 de maio, 21h Concerto no Sindicato de Músicos de la Provincia de Córdoba, Pje. Groppo 1137, Ciudad de Córdoba, Argentina
• 20 de maio, 21h Festival Internacional CanJazz, El Roble Restobar, Boulevard de Barranco 147, Barranco, Lima, Perú
• 24 de maio, 19:30h Festival Internacional CanJazz, Plaza de Armas, Cercado, Arequipa, Perú
• 28 de maio, 20h Festival Internacional CanJazz, C. Palacio 110, Cusco, Perú

A cantora Andrea Imaginario edita o seu novo single “O que é o amor?” no mês de maio, mês da lusofonia.  canção com a qual ela ganhou o IX Prêmio Ibermúsicas para a criação de canções em 2023, em representação de Portugal. Com letra de Andrea Imaginario e música do compositor venezuelano Gerardo Gerulewicz, trata sobre a natureza do amor, que nestes tempos turbulentos e individualistas parece tão esquivo. Foi produzida e arranjada por Miguel Chacón, produtor musical venezuelano, cujo trabalho já foi nomeado aos prémios Latin Grammy.

 

O conceito total do projeto inclui elementos sonoros da música latino-americana e portuguesa. Nesse sentido, conta com a colaboração musical de José Manuel Duarte, excelente intérprete da guitarra portuguesa que confere um toque de saudade. A capa foi ilustrada pela artista plástica venezuelana Natalia Pérez, que reside actualmente em Espanha.

 

O que é o amor insere-se no projeto artístico de Andrea Imaginario, baseado na interculturalidade luso-venezuelana como valor e eixo fundamental.

 

Andrea Imaginario é uma cantora versátil e de voz doce, conhecida por interpretar o fado e a música ibero-americana com um estilo próprio, marcado pela interculturalidade luso-venezuelana. Os seus concertos são envoltos em histórias que tocam a alma do público. Tem seis álbuns, disponíveis nas plataformas digitais. Venceu o Concurso Nacional de Canto da Escola de Música “José Ángel Lamas”. É licenciada pela Escola de Música Lino Gallardo, licenciada em artes e mestre em Literatura Comparada pela Universidade Central da Venezuela, onde é professora associada. Atualmente desenvolve uma investigação de doutoramento na Universidade Autónoma de Lisboa intitulada Historia y representación de la cultura portuguesa en Venezuela (História e representação da cultura portuguesa na Venezuela).

 

Gerardo Gerulewicz é um compositor, pianista e maestro venezuelano de origem polaca. Licenciou-se “com distinção” no Conservatório Tchaikovsky de Moscovo. Autor de obras sinfónicas, vocais, de câmara, ópera e piano. Recebeu o prêmio da Fundação Herrera Luque, a Herencia Clásica (Rússia), o Prémio da Orquestra Sinfônica Municipal de Caracas, o Terceiro Prémio da Orquestra Sinfónica Venezuelana e o Prémio Municipal de Música em várias ocasiões, entre outras distinções. É Diretor do Departamento de Música da Escola de Artes da Universidade Central da Venezuela e Maestro da Orquestra da UCV. É também Professor de Composição na Escola Superior de Música José Angel Lamas e no Conservatório Simón Bolívar de Caracas. Obteve uma licenciatura em Direção Orquestral sob a orientação dos Maestros Alfredo Rugeles e Rodolfo Saglimbeni.

 

 

Adolfo Jorquera (Abuelo Kirkiri) é um contrabaixista, autor e compositor de música popular do território andino aplicada ao baixo elétrico solo. A sua música tenta captar o imaginário das festas e costumes do altiplano andino, integrando a língua aymara numa perspetiva urbana. Vencedor do primeiro lugar no género folclórico do XVI concurso de composição musical Luis Advis em 2020, e do concurso Margot Loyola edição 2023 organizado pela SCD. Aluno da eminência da guitarra andina, Don Manuelcha Prado, e estudante de língua aimará com os professores Rubén Maquera e Genara Flores.

 

Em maio, o músico e estudante iniciará um estágio na cidade de Lima, no Peru. Depois de se candidatar ao curso de especialização em harpa andina, o Centro Cultural Manuelcha Prado (Lima, Peru) aceitou a sua candidatura e fez um convite formal para que o presente compositor faça um estágio com o maestro Yins Ever Coronado Capcha por um período de três meses (maio, junho e julho) durante o corrente ano.

 

O projeto de Adolfo Jorquera Traipi foi premiado por Ibermúsicas através do programa Ajudas ao Setor Musical para a Circulação Internacional.

 

 

• Centro Cultural Manuelcha Prado, Lima, Peru

O português Raia [António Bexiga] e a argentina Sandra Della Pena, reúnem-se em maio de 2024 em Bariloche e Buenos Aires para uma residência artística que propõe uma reflexão sobre as músicas de identidade, as conexões entre a Europa e a América Latina, Portugal e Argentina, vários concertos e concertos-conversa em escolas e gravações.

 

Há mais de uma década, António Bexiga [RAIA] e Sandra della Penna conheceram-se em Lisboa e tocaram juntos num concerto intimista no centro da capital portuguesa. Desse encontro, resultou a vontade mútua de cruzar caminhos e músicas deste sul global atento às suas raízes.

 

Raia é o projeto-síntese do músico alentejano António Bexiga, que percorre as sonoridades da viola campaniça, nas suas fronteiras acústica e elétrica, analógica e digital, tradicional e experimental, ensaiada e instantânea, frequentemente em diálogo com outras formas de arte.

 

António Bexiga [Tó-Zé Bexiga] [Évora, 1976] é compositor, arranjador, músico e produtor alentejano. Tem vários discos editados e trabalhos em cinema, teatro, dança, circo, teatro de marionetas e performance. Multi-instrumentista, toca guitarra, piano, viola campaniça, cavaquinho, bandolim, percussões convencionais e inventadas. Desde 2008 que se dedica à viola campaniça, quer na aprendizagem de repertórios tradicionais, quer na composição de nova música ou investigação de novas técnicas e sonoridades para o instrumento.

 

Raia, projeto solo de António Bexiga, usa a viola Campaniça, uma das violas de arame portuguesas, para expressar as raízes ibéricas, de cruzamentos de identidades globais. António é praticante e investigador de repertórios tradicionais e um compositor que procura a sua identidade no futuro e no legado que nos chegou.

 

Nasceu em Évora em 1976 mas viveu uma boa parte da infância e juventude na raia alentejana, em Ferreira de Capelins, concelho de Alandroal.

 

Sandra Della Penna é uma cantora e compositora atenta à música da identidade, conhecedora das raízes, inventiva e imaginativa, com melodias doces e complexas que afirmam influências intemporais. Cada um no seu lugar ou em conjunto, procuram esse equilíbrio entre tradição e contemporaneidade, deixando sementes para que mais raízes possam  crescer.

 

RAIA é linha-fronteira, linha-caminho, expressão idiomática e forma verbal. Raia é peixe. O peixe-viola é uma raia.

 

O presente projeto foi premiado pelo Programa Ibermúsicas nas “Ajudas ao sector musical para a programação ibero-americana”, edital 2023

 

 

• 10 de maio: Concerto comentado RAIA y Sandra Della Pena. Sala do Colégio Amuyen.
• 11 de maio: RAIA y Sandra DellaPena em San Martín de los Andes
• 12 de maio: Concerto em Sala La Llave (Bariloche)
• 14 de maio: Concerto comentado RAIA y Sandra Della Pena em Escuela Vida, Bariloche
• 15 de maio: Oficina e concerto comentado de RAIA y Sandra Della Pena
• 18 de maio Concerto de RAIA, solo, na Sala Vinilo (Buenos Aires)

A Incuba Raiz tem o objetivo de internacionalizar talentos por meio de um programa de desenvolvimento, circulação e exportação de projetos. É a incubadora e aceleradora de projetos ligados ao setor musical, liderados por mulheres e pela comunidade LGTBIQ+, cujo objetivo é exportar o talento feminino. Nasceu da colaboração entre organizações da Espanha e da Argentina em procura de uma forte integração ibero-americana, e incorpora na sua 3ª edição a Colômbia e o Peru como países asociados.

 

Beatriz Ortega e Natalia Pizzuto, responsáveis pelas edições anteriores da Incuba Raíz, serão encarregadas de posicionar talentos femininos emergentes de excelente nível. Durante 2024, elas realizarão uma turnê por mercados internacionais. Essa será a oportunidade de promover os 30 projetos artísticos incubados nas 2 edições do Incuba Raíz (2022 e 2023), dos seguintes gêneros: indie, música eletrônica, world music, pop e rock, cumprindo as ações de aceleração dos projetos desenvolvidos nessa mesma incubadora,

consolidando a presença internacional da Incuba Raiz e abrindo caminho ao talento das próximas edições da incubadora: com uma nova edição que começa em setembro de 2024 (concurso aberto a partir de 15 de maio).

 

Esse projeto foi premiado pelo Ibermúsicas em sua linha de ação de Ajudas ao Setor Musical para Circulação.

 

• 8, 9 e 10 de maio, BIME PRO, Bogotá, Colômbia
• 22 a 25 de maio, ATHENS MUSIC WEEK, Atenas, Grécia