O Ensemble Folclórico da Secretaria Nacional de Cultura estreará a guarânia “Juliana e o pássaro trovão”, da compositora argentina Débora Infante, canção vencedora do concurso ibero-americano “A Guarânia – Trilha Sonora do Paraguai para o Mundo”.
Em 2022, com o propósito de apoiar e acompanhar a candidatura da Guarânia junto à UNESCO para que fosse integrada à Lista Representativa do Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, Ibermúsicas e a Secretaria Nacional de Cultura do Paraguai lançaram o Concurso Ibero-americano “A Guarânia, trilha sonora do Paraguai para o mundo – Criação de Canção 2022”.
O júri do concurso, composto por Betty Figueredo, Sergio Cuquejo e Juan Carlos Do Santos, escolheu como vencedora, entre as 25 propostas apresentadas, a canção “Juliana e o Pássaro Trovão” da compositora argentina Débora Infante. Em 3 de dezembro de 2024, a Guarânia foi declarada Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO.
A história fantástica entre Juliana e o Pássaro Trovão recria e coloca em diálogo dois personagens históricos reais com um personagem mitológico. Trata-se de um encontro imaginário em que o pássaro trovão tenta resgatar uma índia guarani chamada Juliana, que havia matado seu karaí (amo e marido) para se libertar do estado de escravidão e violação em que vivia. O pássaro lhe oferece resgate e amor incondicional para protegê-la do dano e da morte que poderiam lhe impor pelo que havia feito. A mulher, com veemência e desespero, aceita e lhe suplica que a leve, prometendo ser sua amada para sempre.
A guarânia é um gênero musical criado em 1925 pelo músico e compositor paraguaio José Asunción Flores (Assunção 1904 – Buenos Aires 1972). Está profundamente identificada com o país, com sua natureza, com o sentimento do povo paraguaio, com sua condição bilíngue e sua história. É considerada a criação musical mais importante do Paraguai no século XX. Entre seus maiores expoentes estão o próprio José A. Flores, Herminio Giménez, Mauricio Cardozo Ocampo e Demetrio Ortiz.
A Guarania é, sem dúvida, uma fortíssima marca identitária do país e parte fundamental de seu rico patrimônio cultural, refletindo com clareza e profundidade o ser e o cantar do povo paraguaio.
- Sábado, 13 de dezembro, Feria Palmear, Assunção do Paraguai

