O compositor brasileiro Cassio Nobre inicia sua pós-graduação em Composição e Produção Musical para Cinema na Universidade Lusófona de Lisboa

Cassio Nobre começa sua estância na Escola de Comunicação, Arquitetura, Artes e Tecnologias da Informação da Universidade Lusófona de Lisboa. O curso tem como objetivo geral favorecer a aquisição de referências teóricas e competências práticas nas áreas da composição musical e estratégias de produção em contexto de estúdio com vista à consolidação de projetos de natureza audiovisual ou multimédia.

 

Cassio Nobre é Doutor em Etnomusicologia e Bacharel em História pela Universidade Federal da Bahia. Em 25 anos de carreira profissional vem atuando como pesquisador, músico, compositor, produtor musical e gestor cultural.

 

De 2011 a 2015 foi Coordenador de Música da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (Secult-Ba/Funceb), sendo responsável pelo planejamento, implantação e coordenação de políticas públicas para o fomento, a difusão, a qualificação, a memória e a pesquisa sobre a música profissional no Estado da Bahia. Dentre os programas institucionais que coordenou neste período estavam o “Mapa Musical da Bahia”, “Bahia Music Export”, “Programa de Apoio as Filarmônicas do Estado da Bahia” e “Programa de Qualificação em Música do Centro de Formação em Artes da Funceb.

 

No campo das artes e da produção cultural, colaborou com inúmeros artistas do Brasil e do exterior, atuando em gravações, festivais, turnês nacionais e internacionais, além de trilhas sonoras para filmes e espetáculos. Apresentou trabalhos no Brasil e em outros 20 países, na África, nas Américas, no Oriente Médio e na Europa.

 

No âmbito da pesquisa e gestão de projetos, vem atuando nos últimos 15 anos na pesquisa sobre a memória musical, sobre o patrimônio cultural imaterial, humanidades digitais e o impacto das políticas públicas para o patrimônio cultural e a música brasileira. Em 2019, recebeu o título de Branigin Lecturer pela Indiana University Bloomington, por seu trabalho de pesquisa e disponibilização de produtos culturais relacionados à acervos patrimoniais e humanidades digitais.

 

Publicou 3 livros sobre as tradições musicais populares de matriz africana na Bahia, com destaque para o recente “Viola meu Bem” (2021), contemplado com o Prêmio de Preservação dos Bens Culturais Populares e Identitários da Bahia Emilia Biancardi 2020, e com o Prêmio Nacional de Pesquisa sobre Cultura Afro-Brasileira 2010, pela Fundação Cultural Palmares.

 

Desde 2021, é Tutor EAD do Curso de Música Popular Brasileira, pela Universidade Federal do Recôncavo Baiano. Desde 2022, é consultor da Unesco para o Projeto Resgate Barão do Rio Branco, coordenado pela Fundação Biblioteca Nacional.

 

Como compositor e produtor musical, lançou 4 discos autorais, dentre eles o “Viola de Arame” (FCBA, 2011), que explora as possibilidades sonoras experimentais das violas brasileiras de 10 cordas. Produziu também outros 10 álbuns de grupos das tradições musicais afro- brasileiras, dentre os quais o primeiro CD do grupo Samba Chula de São Braz (Prêmio Pixinguinha Funarte, 2008) e o Samba de Nicinha (Petrobrás Cultural 2010).

 

Como artista solo foi contemplado em premiações tais como o Programa BNB de Cultura 2006, Prêmio Funarte de Produção para Internet 2010, Prêmio Música como Respiro/Itaú Cultural 2020 e Prêmio RespirArte Funarte 2020. No segmento audiovisual, atua simultaneamente nas áreas de pesquisa, roteiro, som, trilha sonora, captação e edição de vídeo, além da produção executiva.

 

Em 2016 fundou a produtora audiovisual Couraça Criações Culturais, responsável dentre outras iniciativas pelo projeto “É d’Oxum”, documentário curta-metragem premiado pelo Edital Bahiagás 2021, e o projeto “Memórias Afro-Atlânticas”, uma iniciativa premiada no IV Prêmio Afro (2017) e no Rumos Itaú-Cultural 2017-2018, cujos resultados foram lançados em 2 livros, 6 álbuns digitais e 2 filmes documentários longa-metragem. Dentre estes destaca-se o documentário “Memórias Afro-Atlânticas”, destaque em festivais de cinema tais como o In-Edit 2020, o Cine-PE 2020 (Prêmios de Melhor Direção, Melhor Roteiro, Melhor Longa e Prêmio da Crítica/ABRACCINE) e o Panorama Internacional Coisa de Cinema 2021 (Menção Honrosa).