As modinhas são um gênero de canção lírica que surgiu em Portugal principalmente durante o século XVIII e parte do século XIX. São consideradas uma parte importante da tradição musical portuguesa e são conhecidas por seu caráter sentimental e melancólico, muitas vezes expresso em temas de amor não correspondido, saudade e desejo.
As modinhas têm suas raízes na música popular portuguesa, mas ao longo do tempo foram modificadas para incorporar influências da música clássica europeia, como a ópera e a opereta italianas. De fato, é possível considerar como uma hipótese confiável que as modinhas compartilham semelhanças etno-musicais com a música de salão européia, especialmente a italiana e a austro-húngara. Durante o século XVIII, a ópera italiana e o estilo galante estavam em plena expansão na Europa, e essas formas musicais chegaram a Portugal, onde foram adaptadas e popularizadas entre a aristocracia. As modinhas refletem essa influência em sua estrutura melódica e tema sentimental. No entanto, o que torna esse gênero radicalmente português é o fato de que essa tradição, ligada à música acadêmica europeia, funde-se, ao chegar a Portugal, com a música popular, tanto na sua tradição oral quanto escrita – como as canções camponesas ou as composições dos trovadores medievais. Essas formas musicais caracterizavam-se pela simplicidade e pelo foco nos mesmos temas emocionais melancólicos, assim como as modinhas, para cujo desenvolvimento contribuíram.
A modinha é frequentemente vista como precursora do fado e geralmente é executada com algum tipo de acompanhamento instrumental, que pode incluir violão, alaúde, piano ou viola. Esse gênero foi muito popular em Portugal e no Brasil, onde se misturou com outras formas musicais locais, contribuindo também para o desenvolvimento da música brasileira.
Liliana Coelho, soprano, e Isabel Calado, tecladista, dedicam-se à divulgação desse tipo de repertório português do final do século XVIII e da primeira metade do século XIX. Em particular, elas se especializaram na execução das chamadas modinhas a solo, cujo acompanhamento se limita a um instrumento de teclado.
Em particular, Coelho e Calado extraíram seu repertório de duas fontes principais:
O Jornal de Modinhas, de vários compositores (Lisboa, 1792 e 1796), e a Coleção de Modinhas de Bom Gosto, composta por J. F. Leal e publicada em Viena em 1830.
“Nosso recital, intitulado Modinhas: Canções nos Salões da Corte Portuguesa, foi realizado na Universidade Federal de Uberlândia e também incluiu obras para instrumento de teclado preservadas em manuscritos da segunda metade do século XVIII na Biblioteca Nacional, Lisboa, Portugal”.
O apoio solicitado ao Ibermúsicas permitiu a realização de dez concertos entre março e abril de 2023 na referida cidade de Uberlândia (Minas Gerais, Brasil). No entanto, a visita dos artistas portugueses não se limitou aos concertos:
“Os recitais foram acompanhados de uma palestra na Universidade Federal de Uberlândia, seguida de uma mesa redonda na qual foram apresentados o repertório, seu contexto e as particularidades de sua interpretação. Essa sessão foi dirigida a músicos profissionais, estudantes e ao público em geral. O objetivo da mesa redonda e do debate foi compartilhar conhecimentos e experiências e criar redes duradouras baseadas na dualidade músico-pesquisador. Estávamos —e estamos— particularmente interessadas em preservar e disseminar o patrimônio cultural português e promover o intercâmbio de conhecimentos e práticas de desempenho.
Programas como o Ibermúsicas são fundamentais para a divulgação de repertórios como o das modinhas. Entre outros motivos, porque promovem o intercâmbio cultural, a preservação e a revitalização de tradições musicais históricas e sua chegada e conhecimento ao público contemporâneo.
“Graças ao apoio do Ibermúsicas, conhecemos artistas brasileiros e professores universitários da área de música, com os quais podemos construir pontes para o intercâmbio artístico e de conhecimento. A conferência foi muito importante, pois discutiu as influências europeias e africanas no desenvolvimento musical e cultural e compartilhou as diferentes perspectivas de pesquisadores e pesquisadoras brasileiros e portugueses sobre os mesmos temas, como a adequação dos sotaques portugueses em Portugal e no Brasil para esse tipo específico de repertório, ou a ampla circulação em Portugal no final do século XIX e início do século XX de partituras publicadas nas cidades do Rio de Janeiro ou São Paulo”.
Nascido em Quito em 1982, Alex Alvear é um compositor, arranjador, baixista e cantor equatoriano com uma vasta carreira. Além de ter colaborado na criação de grupos musicais como Promesas Temporales e Rumbasón, Alvear trabalhou como professor na Faculdade de Música da Universidade San Francisco de Quito e estudou no Berklee College of Music em Boston, especializando-se em composição e arranjos de jazz. Durante sua estada nos Estados Unidos, trabalhou com renomados artistas da música latina, como os percussionistas Orlando “Puntilla” Ríos, Anthony Carrillo e Daniel Ponce, e a conhecida cantora cubana Celia Cruz.
A proposta apresentada ao Ibermúsicas por Alex Alvear & Wañukta Tonic consistia em uma turnê pela Colômbia que incluía uma série de shows em Bogotá e Cali. Vale ressaltar que o projeto incorporou, em cada cidade em que foi apresentado, a participação de pelo menos um artista local como convidado especial, a fim de fortalecer redes de trabalho e colaboração que pudessem ser sustentáveis ao longo do tempo. Também foram realizadas master classes sobre o tema de composição e arranjos musicais baseados em ritmos tradicionais equatorianos.
Wañukta Tonic, seu projeto mais recente, busca revisitar a música tradicional equatoriana com base em um processo de reinterpretação resultante da fusão com elementos contemporâneos; isso envolve pegar ritmos e melodias populares e dar-lhes uma nova abordagem, combinando-os com novas tecnologias e sonoridades contemporâneas. O grupo integra duas gerações de músicos, baseando sua estética na ideia de um encontro sonoro entre a tradição andina e a vanguarda instrumental.
“Este projeto é uma continuação do que venho fazendo ao longo de minha carreira. Uma salada de influências, estilos e texturas, buscando nessa mistura uma voz própria e, dentro desse ecletismo, marcar um selo muito equatoriano com ritmos, melodias ou motivos musicais que evocam nosso sabor e identidade, mas com uma nova abordagem. A turnê pela Colômbia é um convite para a germinação de duas culturas que coexistem com semelhanças muito mais próximas do que costumamos visualizar”.
Sobre esse ponto mencionado por Alvear, é pertinente acrescentar que, historicamente, os vínculos musicais entre a Colômbia e o Equador sempre foram fortes, em grande parte devido à proximidade geográfica e à contínua interação cultural entre os dois países. Esses laços se manifestaram por meio de gêneros musicais compartilhados e da influência mútua de estilos tradicionais. Embora hoje os ritmos e as sonoridades da Colômbia e do Equador possam divergir devido à permeabilidade da música global e à evolução de suas respectivas cenas musicais, as colaborações estreitas e os intercâmbios culturais persistem. De certa forma, é razoável supor que, além das fronteiras físicas e simbólicas e da dinâmica e dos desenvolvimentos de cada país, o advento dos processos de intercâmbio digital facilitou a persistência de colaborações culturais binacionais, promovendo o intercâmbio de músicos e músicas e a celebração da diversidade artística da região.
“O apoio do Ibermúsicas nos permitiu crescer e expandir nossos horizontes artísticos, além de facilitar as boas relações com instituições e gestores de outros países, como a Colômbia. Desde que o Equador se juntou ao Ibermúsicas em 2018, muitos artistas musicais foram beneficiados, e a interação com sua equipe sempre resultou em experiências muito gratificantes.”
“En esta gira patagónica 2023 logramos continuar con un trabajo de difusión y de creación de público en Argentina, con especial énfasis en el interior, además de las grandes capitales. La posibilidad de realizar esta gira nos permitió afianzar los vínculos construidos anteriormente y establecer nuevos, siempre con el objetivo de mantener la relación con Uruguay”, dice Florencia Núñez, beneficiaria de “Ayudas al Sector Musical para la Circulación en Iberoamérica 2022”
Florencia Núñez realizó una serie de conciertos en la región patagónica con gran aceptación por parte del público debido a la identidad musical de su propuesta. En cada concierto llevó mucho de su Rocha natal, de sus paisajes, su geografía y su cultura, en especial durante su participación en el Festival Internacional de Música de Bariloche (FIMBA), organizado desde 2019 por el Gobierno de Río Negro con el apoyo de la Municipalidad de Bariloche.
La cantautora rochense, presentó un concierto de extraordinaria convocatoria en la Estación Araucana del Centro Municipal de Arte, Ciencia y Tecnología. Luego continuó con otros conciertos en Villa la Angostura y Junín de Los Andes para concluir su gira con presentaciones en las ciudades argentinas de Córdoba, La Plata y Buenos Aires. “Este puente tendido no fue simplemente entre Montevideo y Buenos Aires, que sin dudas es necesario construir. Fue un puente desde el interior de Uruguay hacia el interior de Argentina”.
En 2021, Florencia Núñez recibió nuevamente el Primer puesto en el Premio Nacional de Música del Ministerio de Educación Cultura de Uruguay en la categoría Rock, pop y tendencias por su canción inédita “Lo canté”. Asimismo, la banda No te va gustar encargó a Núñez la producción artística y la versión de la canción “Nunca más a mi lado” por su décimo aniversario, para la que contó con la participación de grandes artistas uruguayas como Natalia Oreiro, Ana Prada y Agus Padilla, entre otras. Florencia participó del masivo show que diera la banda uruguaya en el Estadio Único de La Plata con una versión acústica de la mencionada canción, que está disponible en todas las plataformas digitales.
Cantante y compositora rochense, las canciones de Florencia Núñez transitan por el pop luminoso y optimista con guiños al indie y al folk. Con tres discos en su haber, “Mesopotamia”, “Palabra clásica” y “Porque Todas Las Quiero Cantar: un homenaje a la canción rochense”, se posicionó como una de las voces femeninas a seguir dentro de la música uruguaya.
Su primer LP, “Mesopotamia” (2014), fue editado por su sello independiente “La Nena Discos”. “Mesopotamia” fue galardonado como Mejor Álbum Indie en los Premios Graffiti 2015. También en 2015, recibió el Premio Nacional de Música que otorga el MEC y en enero de 2016 obtuvo el Premio Ibermúsicas en el 2do Concurso de Composición de Canción Popular.
Florencia Núñez compartió escenario con músicos de la talla de Estela Magnone, Laura Canoura, Franny Glass, No Te Va Gustar y Martín Buscaglia. Realizó los shows de apertura en Uruguay de José González, Carla Morrison, Julieta Venegas e Ismael Serrano. Participó en el Festival SXSW en Austin, Texas, en su edición de 2016, realizó varias presentaciones en México y Argentina y en 2017 se presentó en el Festival Abril Para Vivir en Granada, España. En 2017 editó -nuevamente a través del sello discográfico, su segundo disco, “Palabra clásica”, junto al productor Guillermo Berta y una destacada selección de músicos y arregladores. Palabra clásica tuvo su presentación oficial en La Trastienda Montevideo y en el Centro Cultural Kirchner de Buenos Aires. El disco le valió a Florencia una triple nominación a los Premios Graffiti a la música uruguaya 2018 en las categorías Mejor Album Pop, Mejor Solista Femenina y Mejor Compositor del año. Finalmente recibió este último galardón y se convirtió en la primera mujer en la historia de su país en recibir dicho reconocimiento. En octubre de 2020 lanzó su tercer trabajo discográfico junto al sello Bizarro. El disco nació como parte de la banda sonora del largometraje documental que produjo y dirigió: “Porque todas las quiero cantar: un homenaje a la canción rochense”. Porque todas las quiero cantar es su deseo por revivir aquella música que la hizo crecer. Un homenaje a la música de su departamento a través de la re versión e interpretación de cinco temas que marcaron su cancionero. La película fue prestrenada en el 38° Festival Cinematográfico Internacional del Uruguay en la sección Ensayo de orquesta y tuvo su estreno en cines en agosto de 2021, con gran éxito en taquilla y crítica.
“Desde hace muchos años me honra mencionar al Programa Ibermúsicas entre mis premios y apoyos. Estoy y estaré siempre agradecida por el pilar que han significado en mi carrera y que, evidentemente continúa significando”, concluye Florencia Núñez.
“Casa en llamas EP” es una propuesta musical que nació a partir de la convivencia de Mariela Espinosa y Maya Villacreses, dos amigas que encerradas en un departamento a causa de la pandemia, en el último piso de un edificio venido a menos, deciden comenzar a crear canciones que reflejen de manera visceral la vivencia de aquel momento. La incertidumbre y la sensación de muerte inminente en contraste con los momentos de humor y cariño, devinieron en melodías que poco a poco se transformaron en maquetas musicales. Sin duda la imposibilidad de movimiento potenció la creatividad y generó imágenes que en otro contexto difícilmente hubieran surgido. El aparente estancamiento de pronto se convirtió en posibilidad.
La perspectiva de género y discapacidad fue tomada en cuenta a la hora de convocar al equipo de trabajo para realizar el proyecto. “Procuramos que sea equitativo e incluyente”, refiere Mariela Espinosa. “De un total de nueve personas, cuatro son mujeres, tres son no binarias, y de ésas, una tiene una discapacidad. Por otro lado, considerando que aún en la actualidad se siguen asociando la debilidad, fragilidad, delicadeza y bondad como características innatas de la feminidad y cómo estos estereotipos normativos siguen calando hondo en el comportamiento de las mujeres y los cuerpos feminizados, La casa en llamas EP ha sido un pretexto para permitirnos desarmar, a través de la sonoridad y las letras, aquel componente decoroso siempre asociado a las mujeres. Fue una experiencia muy enriquecedora la de colaborar con personas de varios países, sobre todo porque desde el inicio nuestro objetivo fue dejar espacio para que cada artista intervenga libremente en la música y el arte, y de esa manera conseguimos una sinergia muy bella que potenció todo el proyecto”.
Mariela Espinosa es una artista ecuatoriana con estudios en canto y producción musical con más de diez años de experiencia como artista independiente, pedagoga vocal y gestora cultural. Es co-compositora, co-productora e intérprete en la agrupación quiteña MUNN (2008), con tres álbumes publicados: Espirales (2012), Aquí/Ahora (2014) y Odisea (2021), 2008 . Compositora, productora y directora de su proyecto solista Sr.Maniquí con dos álbumes publicados: Otras Formas (2018) y Ábrete Sésamo (2020), 2018 –
“Casa en llamas EP” recopila cinco canciones compuestas y producidas por Mariela Espinosa y Maya Villacreses, en las que además participaron: Piaka Roela (México), Andrés Benavides (Ecuador) y Andrés Martín Arauz (Ecuador). La mezcla y master estuvo a cargo de Miguel Ángel Espinosa de los Monteros (Ecuador). La ilustración y diseño de la portada son de Shaula Vallejo Leyva (Colombia).
“Pienso que el Programa Ibermúsicas es absolutamente necesario para quienes nos dedicamos a la creación artística en países como el Ecuador, en el cual la industria musical se reduce a los géneros musicales más comerciales como la tecnocumbia y el pop romántico, y que sin estos incentivos simplemente no podríamos desarrollar nuestros proyectos”.
Nelly x Arend es un dúo que se dedica a crear música actual, que resalta la tradición y emociona con su simpleza, diversidad y atrevimiento, ampliando así el lenguaje autóctono costarricense. Nelly Juárez y Arend Vargas, ambos multi instrumentistas, combinan sus raíces e influencias musicales, dando como resultado una propuesta fresca y novedosa que sobresale por su minimalismo.
El álbum inicial de Nelly x Arend, “Cantos de Provincia”, que recibió una mención especial en los premios ACAM 2020, incluye adaptaciones modernas de composiciones del folclorista guanacasteco Sacramento Villegas, acompañadas de sonidos electroacústicos y elementos tradicionales, reavivando así la memoria cultural costarricense a través de sonoridades frescas y modernas.
En cuestión de seis años Nelly x Arend ha llevado su trabajo a distintos escenarios, incluyendo el Festival Internacional de las Artes, el Teatro Nacional de Costa Rica, el Festival Guanacastearte, el Festival Transitarte, la Sala Garbo y el Centro Cultural de España en Costa Rica, entre otros.
En el 2022 estrenaron el documental titulado “Soliloquio en el Tempisque” con el apoyo del Programa Ibermúsicas en la modalidad Ayudas al Sector Musical en Modalidad Virtual.
El documental está dirigido por Mau Quiros, que da voz a las comunidades que mantienen viva la memoria de Sacramento Villegas. El objetivo fue preservar y reconstruir la memoria del compositor, a partir de los recuerdos y experiencias de familia, estudiantes y músicos de las comunidades de Filadelfia y Liberia. Esta reconstrucción evidenció el impacto que tuvo la presencia de Villegas en ambas comunidades, tanto a nivel musical como social. Gracias a la versatilidad actual, el resultado del proyecto cultural se difundió a través de redes sociales y medios de comunicación nacionales e internacionales, apostando a que la información trascendiera en el tiempo y dejando un legado para las futuras generaciones costarricenses y del mundo entero.
Dice Nelly Juarez: “El proyecto surgió del trabajo de rescate musical que hemos llevado a cabo desde que iniciamos el dúo Nelly x Arend, de la obra de Sacramento Villegas (mi abuelo). Entre más investigaba sobre su legado, más me daba cuenta que su influencia trascendía el plano musical. Mi abuelo defendió, conservó y dejo su impronta en comunidades enteras dentro de la provincia de Guanacaste con su visión educativa y su calidad humana. Por eso, quise darle voz a personas de estas comunidades para darle forma a su memoria en este corto documental, como un homenaje a su vida y a su música. Como resultado, quise evidenciar que la obra de mi abuelo sigue viva y sigue influenciando el quehacer musical de las nuevas generaciones”.
El proyecto visibilizó el contexto cultural del compositor Sacramento Villegas, quien era oriundo de la provincia de Guanacaste. Esta provincia tiene sus costumbres autóctonas, música, expresiones culturales y maneras de hablar diferentes a las del resto del país. Los guanacastecos son una mezcla de etnias, principalmente indígenas, afrocaribeñas y blancas.
También se destaca en el documental la participación de mujeres, especialmente de la esposa de Sacramento Villegas, quien dio una perspectiva única sobre le vida del compositor, y su nieta Nelly Juárez, quien ha liderado la labor de rescate y propagación de la música de su abuelo.
“Lo más hermoso fue el equipo de trabajo con el que logramos colaborar. Disponer de la visión y profundidad del director Mau Quiros, quien además se encargó de la edición y logró crear una narrativa artística maravillosa, fue todo un privilegio. Además, ver el resultado de meses de trabajo y capturar paisajes tan familiares de mi cultura que adquirieron un nuevo brillo bajo el lente de Mau fue mágico. Pero lo que más me impactó fue la entrevista con mi abuela de 93 años, esposa de don Sacramento, y ver en ella reflejada la longeva historia de nuestra cultura guanacasteca”.
“El Progrma Ibermúsicas tiene mi más profundo respeto y admiración por la labor de incentivar y activar el quehacer cultural de nuestros países, sobre todo en un tiempo tan difícil como lo fue la pandemia. El apoyo del programa para poder llevar a cabo este proyecto fue fundamental. Estoy profundamente agradecida por el soporte que nos brindaron y por hacer este proceso accesible a artistas emergentes como nosotros”.
Karol Barboza, Barzo y Tato Quesada han sido los ganadores por Costa Rica de la 8va edición del Premio Ibermúsicas a la Creación de Canción 2021.
En esta edición fueron recibidas 914 propuestas de toda la región en una gran demostración de la riqueza de nuestras músicas, la diversidad de los recorridos estéticos y las increíbles sonoridades de Iberoamérica. Todas las obras fueron presentadas bajo seudónimo y analizadas mediante un sistema de evaluaciones cruzadas por el cual un jurado, compuesto por destacadas y destacados artistas, periodistas musicales y productores fonográficos de un país, calificó las postulaciones presentadas por otra nación. En el caso de Costa Rica, las obras fueron evaluadas por un jurado de Panamá.
Karol Barboza
Karol Barboza es artista, cantautora y multinstrumentista costarricense. La estética de Karol toma inspiración de diferentes mundos, desde su formación académica clásica hasta sus experiencias creciendo en Pérez Zeledón, pasando por sus experimentos con instrumentos electrónicos y su claro amor por la música tradicional latinoamericana. En 2015 ofreció nueve conciertos con Las Chicharras -proyecto de rescate de la música regional latinoamericana- durante la Gira Europea del Circo Fantazztico. En 2016 participó en el Festival de Artes Escénicas del Parque La Libertad, como parte del Ensamble de los Desconocidos con el espectáculo “Le Grand Saint Cocho”; y en el Festival Internacional de Calypso en Cahuita. Estuvo en Berlín (Zirkus 2:0, Zirkus Cabuwazzi), en Frankfurt (SommerWerft Theater und Musik Festival), y en Seattle (Strawberry Festival).
Un año más tarde, participó en el Simposio de Mujeres en la Música de la Universidad de Costa Rica; graba “Canción Nueva del Sur”, disco que reúne diferentes artistas del sur del país -posible gracias a la “Dotación anual para la música inédita y difusión del talento costarricense” de ACAM y la UTM-.
En el 2018 participa en la Movida Caníbal junto con Las Chicharras, lanzando cuatro canciones. En 2019 lanzó su primer sencillo “Soy de madera”. Participó en el Festival Nacional de las Artes con “Canción Nueva del Sur”, tocó en el Festival FIJAZZ, y participó en la gira BandaBobo -en colaboración con el Circo Fantazztico- con conciertos en Alemania, Austria, Francia y Suiza-. En 2020 integró el ciclo de conciertos “Los Cuarentena Principales” del Centro Cultural de España, en el Festival Nacional de las Artes, en Aquí Cultura Joven, en Aquí Cultura, y en el Simposio Internacional de Mujeres en la Música. Su primera colección de canciones se titula “Sonido casero”. Su sencillo “Acuario” fue seleccionado para ser financiado por Dinamo Sonoro 2020 -una iniciativa de ACAM y AIE-; y sale su LP “Secreto”.
Su canción “ Remanso ” resultó ganadora en 8va edición del Premio Ibermúsicas a la Creación de Canción 2021
“La escritura de la letra fue algo que me sugirió la melodía misma, una especie de rima entre finales de frase y vocales, por eso la melodía y la letra fueron nacieron juntas, poco a poco se iba esbozando una idea que marca la estructura y la relación que se crea entre las dos partes de la melodía. El tono de la célula armónica me daba una sensación melancólica y me inclinaba hacia algo íntimo, personal y sanador. La voz y el canto como parte fundamental en mi proceso personal para sanar.Toda la canción tiene carácter bucólico”.
El sonido de Karol Barboza se ha ido transformando a través del tiempo, comenzando con el ukelele y la voz, al poco tiempo incorporó el loop station y la técnica del beatbox agregando percusiones, capas sonoras y melodías dinámicas que crean atmósferas que acompañan las letras nostalgicas y suaves de sus canciones.
“Percibo mi proceso creativo como una construcción en forma de espiral, ya sea a partir de una melodía o de una secuencia armónica, es como ir trazando una línea entre un punto y otro, un camino que corre y se recorre de atrás hacia adelante, varias veces. En este caso, la versatilidad del 6/8 permite darle diferentes texturas a las partes de la canción, a pesar de que toda ella va sobre un mismo círculo armónico. La influencia del son jarocho en el arreglo es notable y es un aprovechamiento de los recursos que tengo a mano”.
“El Programa Ibermúsicas es indispensable para la región y al cual hay que agradecerle mucho. Es una manera de juntar creadores en una red de apoyo e intercambio, dinamiza proyectos, impulsa las carreras de muchos artistas, consolidados y emergentes. Las convocatorias son diversas para las diferentes necesidades de las artistas o gestores y comprenden a lo que se enfrentan el arte y la cultura en los distintos países”.
Tato Quesada
Tato Quesada es un cantautor costarricense de música alternativa. Combina pop, folk, trova y jazz para crear un sonido relajante y fresco. Sus canciones son mensajes de amor y de protesta. En 2015 conoció a los productores de Vibras The Music Company, con quienes grabó su primera producción de estudio “El Cambio Inevitable” (2017), un EP de seis canciones que trata temas como el deseo de romper la rutina, la depresión y la necesidad de aceptar el cambio en nuestras vidas.
Su canción “ Felina ” resultó ganadora en 8va edición del Premio Ibermúsicas a la Creación de Canción 2021
“Felina es una canción inspirada en ciertas personas de mi vida. Al intentar poner en palabras mi impresión sobre estas, me di cuenta de que había también mucho de mí. Fue un proceso curioso que se inició como un retrato de alguien más y terminó siendo casi un reflejo. Ver hacia afuera y al mismo tiempo hacia dentro. Tengo debilidad por los versos que pintan imágenes, que son gráficos. En la búsqueda de estas imágenes para describir a una persona con cualidades felinas, me fui dando cuenta de que estas características se encuentran también en plantas y objetos. La rama que busca sobresalir para encontrar el sol, el pedazo de vidrio pulido entre todas las piedras en una playa. Son todas analogías de una persona que extiende sus brazos, pidiendo”.
El videoclip de su primer sencillo “Bailar”, escrito y codirigido por el propio Tato Quesada, participó en cinco festivales internacionales de cine, ganó tres galardones y fue elegido como el mejor video musical costarricense de 2017 por La Nación, el principal periódico de Costa Rica. Después de un EP, dos sencillos y múltiples presentaciones en Costa Rica, Guatemala y México, Tato Quesada se prepara para lanzar su nueva canción “Tangolero”. Adicionalmente se encuentra produciendo un segundo EP titulado “Supe que Algún Día Serías Canción”.
“Musicalmente, la canción es muy distinta a lo que hice hasta ahora. La guitarra consiste en la repetición de un riff bastante simple, sobre el que la melodía de la voz juega y salta y hace lo que quiere. Empieza simple y se va llenando hasta llegar a, prácticamente, una fiesta, una autocelebración de la persona felina. Pero al mismo tiempo, algo no calza, algo suena “mal”. ¿Está bien una autocelebración? Hay algo desconcertante en el arreglo musical, que parte de una decisión consciente”.
“El Programa Ibermúsicas es excelente, un impulso necesario a la escena musical latinoamericana. Invito a todas las personas con interés en participar a simplemente lanzarse”.
Sylvia Falcón, Mauricio Bustamante y Jorge Jasso han sido los ganadores por Perú de la 8va edición del Premio Ibermúsicas a la Creación de Canción 2021
En esta edición fueron recibidas 914 propuestas de toda la región en una gran demostración de la riqueza de nuestras músicas, la diversidad de los recorridos estéticos y las increíbles sonoridades de Iberoamérica. Todas las obras fueron presentadas bajo seudónimo y analizadas mediante un sistema de evaluaciones cruzadas por el cual un jurado, compuesto por destacadas y destacados artistas, periodistas musicales y productores fonográficos de un país, calificó las postulaciones presentadas por otra nación. En el caso de Perú, las obras fueron evaluadas por un jurado de Colombia.
Sylvia Falcón
Sylvia Falcón es una cantante vanguardista e innovadora. Su propuesta transita entre la música tradicional de los Andes del Perú, las melodías mestizas y costeñas hasta los sonidos eclécticos de la música electrónica. Su impresionante despliegue de voces agudas, medias y graves se aprecia en los 4 discos de estudio que ha grabado: Killa Lluqsimun “Cuando Sale la Luna” (2008), Inkario (2014), Fantasía Pokcra (2016) y Qori Coya “Dama de Oro” (2018). Además, colaboró con bandas como Novalima (Chusay – 2018), Dj Mala (Sound of River – 2016) o El Polen (2015). Su depurada propuesta estética audiovisual marcó un nuevo referente en la producción de música peruana apreciable en sus videoclips.
Sylvia Falcón nació en Lima y desarrolló un fuerte vínculo con los Andes debido a la influencia de sus padres originarios de las provincias de Huancavelica y Ayacucho. Desde una edad muy temprana demostró sus virtudes artísticas que fueron potenciadas a lo largo de su infancia y adolescencia. Sylvia Falcón es miembro de la Comisión Consultiva Nacional de Cultura del Perú, es antropóloga por la Universidad Nacional Mayor de San Marco, productora, investigadora y artista dedicada a plasmar la belleza de la milenaria cultura Inca. En 2022 representó al Perú en la feria internacional Expo Dubai en Los Emiratos Árabes Unidos, inauguró el Festival Internacional de Cine Indígena Ficwallmapu en Temucho, Chile y lanzó el proyecto PUNKU junto al reconocido productor de Novalima, Grimaldo del Solar.
Su canción “Mito de amor” en colaboración con José Céspedes resultó ganadora en la 8va edición del Premio Ibermúsicas a la Creación de Canción 2021
“Quería contar una historia de desamor en los Andes”, dice Sylvia Falcón. “Una especie de añoranza a un amor que ya no está que no sabemos si volverá. Evoqué las imágenes de las tradicionales lecturas del maíz en las sierras del Perú, lecturas que puden predecir el futuro, además se percibe un constante diálogo con seres de la naturaleza: el vendaval, la lluvia, las criaturas mágicas del bosque, las estrellas, la noche en sí. Quería plasmar esa sensación de amor a la naturaleza y a un ser humano, un amor desbordante y lacerante a la vez. Escribí toda la letra de la canción en una semana”.
José Céspedes Correa se especializa en arreglos y composición musical en piano.“Mi principal referencia es la música tradicional peruana, dice José Céspedes. “La intención en este caso fue nutrirme de los ritmos,armonías y melodías de la música andina, a partir de eso crear un tema que pudiera vincularse con otros géneros, inclusive foráneos, y sentí que podía encontrarse un lazo común con el folk rock que he venido escuchando desde niño en artistas como Paul Simon, James Taylor y Crosby Stills & Nash”.
Ambos artistas acuerdan que el Programa Ibermúsicas es “un respaldo increíble a los músicos y compositores. En estos tiempos difíciles ha sido clave para muchos de nosotros, pero no solo por el reto que implica ganar un premio, si no también porque al asumir ese reto se abre una especie de desafío en la propia creación musical, nos exige a nosotros mismos a ebullir en ideas para que emerja lo mejor del estro artístico que cada cuál posee dentro de sí. Esto en primera línea se nos figura único y aleccionador más allá de si uno logra ganar el premio o no”.
CANCIÓN GANADORA
Mauricio Bustamante
Mauricio Bustamante aprendió en forma autodidacta a tocar guitarra y piano. Luego complementó cursos en el Conservatorio de Música Luis Dunker Lavalle de Arequipa. Inicialmente integró agrupaciones y orquestas para hacer música comercial, posteriormente con visión empresarial logra ser propietario y director de BATAKA SHOW ORQUESTA con 15 años de actividad en la provincia, llevando entretenimiento, música en vivo y promoviendo cultura con producciones musicales, que resalten y sean representativos para la Región.
Su canción “Mi tierra Ilo” resultó ganadora en 8va edición del Premio Ibermúsicas a la Creación de Canción 2021
“La letra de la canción surge por la iniciativa de rendir un Tributo a la Región Moquegua. Empieza con un verso evocando recuerdos y la esperanza de ver el desarrollo y prosperidad de su Tierra. Inspirada en mis propias vivencias, hago referencia a pasajes históricos, tradiciones y algunos atractivos turísticos de la Región como los legendarios Tinajones que perduran en las haciendas y bodegas de Moquegua los cuales en la época de la ocupación chilena, los soldados invasores saquearon la ciudad y las bodegas, rompiendo las tinajas y toneles que contenían el líquido rubí, vinos y piscos. Y luego concluye hago referencia al Puerto de Ilo, sus tradiciones, el encanto del atardecer en el verano, su Glorieta centenaria y su Malecón Costero”.
“En la etapa de pre producción escogí el festejo peruano como género musical, y sobre ese lienzo fui tejiendo la melodía que estaba concebida sólo en idea. Ya con la cantante en el estudio, fuimos ensayando y probando con el piano, hasta consolidar y lograr la canción. Luego de diseñar la maqueta pasamos al estudio de grabación para la producción musical, en la que incorporamos algunos arreglos musicales, voces y coros para enriquecer el tema, respetando los criterios de evaluación en cuanto a la letra, calidad de la música y originalidad”.
“Considero al Programa Ibermúsicas como una comunidad que brinda oportunidades a músicos y autores compositores a través de las distintas convocatorias para lograr el intercambio y diversidad musical entre los colegas que forman parte del catálogo de artistas”.
“Por lo demás, estoy muy agradecido con el Programa Ibermúsicas, y espero que sigan proponiendo convocatorias para que artistas de los países que conforman el Programa puedan tener la oportunidad de beneficiarse de concursos y giras”.
Sabrina Diaz, Sebastián Jantos y Eli Almic han sido los ganadores por Uruguay de la 8va edición del Premio Ibermúsicas a la Creación de Canción 2021
En esta edición fueron recibidas 914 propuestas de toda la región en una gran demostración de la riqueza de nuestras músicas, la diversidad de los recorridos estéticos y las increíbles sonoridades de Iberoamérica. Todas las obras fueron presentadas bajo seudónimo y analizadas mediante un sistema de evaluaciones cruzadas por el cual un jurado, compuesto por destacadas y destacados artistas, periodistas musicales y productores fonográficos de un país, calificó las postulaciones presentadas por otra nación. En el caso de Uruguay, las obras fueron evaluadas por un jurado de Perú.
Sabrina Díaz
Sabrina Díaz es una joven música oriunda de Mercedes, Uruguay. Además de trabajar como tecladista en varios proyectos (Eli Almic, Ana Prada, Julieta Taramasso, Santiago Wirth, etc.) y como docente dando clases de piano, armonía y audioperceptiva, se dedica a componer y arreglar sus propias canciones, y las toca en distintos proyectos propios y compartidos ; “La Caja”, Sabrina Díaz Septeto, Edmundo Alba, Deseos Amigos. La composición la acompaña como herramienta de expresión desde siempre, y es para ella otra forma de hablar, otra forma de pensar. En 2021 ganó el 2do Premio Nacional de Música en la categoría “Popular y Raíz Folclórica” con su canción “Quitapenas”.
Su canción “Miel de Azahar ” resultó ganadora en 8va edición del Premio Ibermúsicas a la Creación de Canción 2021
“La verdad es que probé por primera vez la miel de azahar y me encantó, me pareció muy distinta a la miel que yo conocía. Me quedó además el nombre rondando en la cabeza por varios días, me gustaba mucho la sonoridad de la palabra “azahar”. Sin embargo el sentido real de la letra tiene que ver con la necesidad de auto acariciarme, de alguna manera, de consolarme, de hablarme a mí misma y recordarme de que estoy para mí y de lo esencial que es mantener y nutrir ese contacto y esa conversación tan íntima conmigo misma. Y, a la misma vez que esto está dirigido hacia mí, también está dirigido a una hipotética segunda persona que lo necesite. Quizás a toda persona que escuche la canción”.
Sabrina Díaz cuenta que, a partir de una consigna en la materia Composición de la carrera de música que estaba estudiando, sobre la escucha y el análisis de la forma de componer de Joni Mitchell, cambió la afinación de su guitarra, cosa que nunca antes había hecho. “Eso me permitió encontrar una sonoridad distinta a otras cosas que suelo encontrar compositivamente, y me hizo sumergirme en colores armónicos que me atrajeron mucho. En ese momento creo que ya tenía parte de la letra escrita, entonces me puse a cantar esas líneas arriba de lo que tenía en la guitarra y así, si recuerdo bien, hice la primera partecita de la canción, que la pienso como un estribillo. Cuando sentí que ya no estaba sacando nada de la guitarra me fui al piano, que es realmente mi instrumento. Trasladé lo que tenía en la guitarra al piano y desde ahí comencé a desarrollar para donde me llevaba la intuición. Como me suele pasar, la canción estuvo muy presente por algunos días, la dejaba, la volvía agarrar, hasta que tomó forma. Justo estaba la convocatoria para este premio y eso me motivó a grabarla, y por lo tanto definir algunas cositas del arreglo. Tiré algunas tomas con un piano acústico del conservatorio donde estudiaba, y después la voz. Después los coros y las contra melodías surgieron muy naturalmente”.
“El Programa Ibermúsicas me parece algo riquísimo e imprescindible. Un incentivo a la creación y al trabajo creativo colectivo, que tiene repercusiones muy concretas e importantes. Algo que pienso, es que no sé qué tan difundido está en Uruguay, particularmente. Siento que podría ser aún más aprovechado. En lo personal fue algo muy hermoso y motivante, este premio a la creación de canciones. Más que nada saber que es algo internacional, que personas de otro país se sentaron a escuchar mi canción y resonaron con ella. Eso me genera algo muy lindo, una curiosidad y ganas de explorar más las conexiones y puntos en común (o diferencias) que podemos tener artistas de distintos países. Y en lo concreto, el apoyo económico puede hacer una gran diferencia en el trabajo y la creación, y la proyección de la carrera de una persona. Personalmente me ayudó a concretar proyectos muy importantes para mí”.
Sebastián Jantos
Sebastián Jantos es compositor, multi-instrumentista, cantante y productor musical. Luego de haber formado parte de varios proyectos musicales en los que se destaca su presencia en la formación estable de la banda Cursi entre los años 2005 y 2008, lanza a fines de 2008 Fui Yo, su primer disco solista con composiciones propias, editado en Uruguay por el sello Perro Andaluz y con el apoyo del FONAM. Un disco que muestra la canción en un papel protagónico rodeada y sostenida por un elenco poli cromático de estilos musicales, donde se fusionan con equilibrio y delicadeza los ritmos del nordeste de Brasil, la milonga, el candombe, el funk y la bossa nova. Letras con gran contenido pictórico y vivencial, dónde lo cotidiano y lo intangible se funden creando una agradable y emotiva atmósfera. Con la producción de Diego Drexler y con la participación músicos de la talla de Jorge Drexler, Fabián Krut, Federico Graña y el productor argentino Román Varas, éste trabajo fue presentado en múltiples escenarios de Uruguay, Argentina y Brasil con muy buena aceptación de la prensa y público en general.
Su canción “Candor” resultó ganadora en 8va edición del Premio Ibermúsicas a la Creación de Canción 2021
“Candor es una de esas composiciones donde la alquimia que envuelve a todos los elementos que forman parte de la creación de una canción, se manifiesta de forma muy rápida generando que melodía, letra, ritmo y armonía surjan casi al mismo tiempo, la canción fue escrita en una tarde. Lo primero que definí fue el ritmo sobre el cual iba a construir la canción, opté por un ijexá, el más popular de los ritmos afrobahianos que proviene de los terreiros de candomblé de matriz yoruba (ketu e ijexá principalmente). Luego lo que surgió fue el ostinato de los primeros cuatro acordes de las estrofas, que construí pensando en darle cierta vuelta de rosca a la progresión armónica que conforman invirtiendo los bajos de los mismos. Rítmicamente ese ostinato se basa en la figura que tocan el lê (el más agudo de los tambores que forma parte del trío de atabaques del candomblé ketú) y el gan o agogô (idiófono metálico que ejecuta una time line súper característica en la cual se apoya todo el entramado rítmico). Sobre ese entorno rítmico/armónico empecé a desarrollar el primer motivo melódico de la estrofa imitando rítmicamente algunas frases del rum, el más grave de los tambores del trío y que en el contexto ritual es el encargado de guiar la danza de los orixás e interactuar con los cantos. Durante éste proceso fueron surgiendo palabras con una sonoridad interesante que utilicé para construir el resto de las frases”.
“Posteriormente incluí como nexo entre la estrofa y el estribillo, una secuencia armónica que genera cierta sensación de apertura, acompañada por una respuesta melódica al motivo de la primera mitad de la estrofa, para preparar la llegada del estribillo, donde además de cambiar el ritmo armónico colocando un acorde por compás (a diferencia de la estrofa donde utilizo dos), la melodía se vuelca más hacia el uso de notas más largas con la intención de generar dos secciones bien diferenciadas y hasta contrapuestas dentro de una especie de mantra rítmico común a ambas. La letra de la canción gira en torno a la mujer, su conexión con la Luna y su capacidad de generar vida, no sólo en el sentido biológico sino también espiritual y mitológico, es por eso que aparecen. ciertos guiños a conceptos que vienen de la astrología y a algunas características de orixás femeninos como Oxum, Oyá y Ewá. También aparecen varias imágenes poéticas inspiradas en el ambiente geográfico que me rodea, que es bastante particular ya que se encuentra a medio camino entre un paisaje urbano y rural, con una menor contaminación lumínica que en la ciudad que permite observar cielos nocturnos más limpios y mágicos atardeceres sobre un horizonte amplio y libre de edificios”.
“El Programa Ibermusicas es un conjunto de herramientas fantástico que ayuda muchísimo al desarrollo de artistas independientes dentro del contexto altamente competitivo que nos toca transitar, permitiendo que músicas y músicos con trabajos excepcionales, en muchas ocasiones poco valorados por la industria cultural dominante, puedan habitar otros espacios de expresión y difusión cuyo acceso no resulta fácil por falta de medios económicos. Los apoyos de Ibermusicas son un fuerte incentivo para seguir creando y una posibilidad de mostrar nuestro arte dentro y fuera de fronteras, accediendo a nuevos públicos y generando vínculos creativos con colegas de otros rincones de iberoamerica. Destaco también las perspectivas de género y étnia que incluye el programa al igual que su espíritu democrático e inclusivo”.
Eli Almic
Eli Almic (Elisa Fernández) nació en Montevideo, Uruguay. Desde sus inicios como MC, la cantante, compositora, rapera y actriz, comenzó a construir una carrera en constante ascenso. En 2016, junto a DJ RC grabaron “Hace Que Exista”su primer disco y desde entonces no ha dejado de tocar en algunos de los mejores venues y festivales dentro y fuera de su país. Con su voz versátil invita a viajar a su lado, inmersa en su catarsis de mil conexiones, para caer vivamente en los dramas callejeros de sus cuentos, reales o de ficción, donde nunca falta un mensaje comprometido con la justicia social.
Su canción “La Vitamina” resultó ganadora en 8va edición del Premio Ibermúsicas a la Creación de Canción 2021
“El proceso de escritura de la canción me llevó más tiempo que otras letras que logré escribir en un día o dos, por ejemplo. Tampoco es que hacer una letra “rápido” sea la norma para mí, para nada, hay muchas variables. Si bien cada canción es distinta en cuanto a lo que te genera la música, para dónde te lleva ese ritmo específico, La Vitamina, me desafió muchisimo. Soy de darle importancia a las primeras impresiones al escuchar un beat, y en este caso pensé que tenía que ser un mensaje enérgico, dinámico, que contagiara algo positivo y que a su vez, sirviera para reivindicar ciertos valores, opiniones. Un tire y afloje entre las tensiones y las ganas de ablandar el cuerpo sin perder de vista que incluso bailando hay cosas que es necesario decir a los cuatro vientos. Como tampoco tenía del todo claro esto sino que más bien se fue armando, me dediqué a escribir sin querer resolver todo junto, el mensaje, la métrica, la intención. Rapear sobre un ritmo que es una mezcla entre lo tradicional y lo propio como el candombe, pero mezclado con sonidos electrónicos era algo que no había hecho, y requirió un laburo con más detalle. Probé unas cuantos cosas que no me gustaron. Tenía claro que lo que escribiera, rapeara y cantara, debía potenciar la música que ya estaba muy arriba. Encontrar la medida justa es un misterio y es totalmente subjetivo. Escribí de todo y lo dejé reposar por varias semanas. Luego, armé el puzzle. A veces una no es consciente de que lo aparentemente distinto o inconexo, coincide o encaja”.
En 2019 Eli Almic representó a Uruguay en el Primavera Pro y Primavera Sound en Barcelona, como parte de la delegación uruguaya de artistas que impulsó el Programa Ibermúsicas y continuó girando en festivales de Brasil, Chile y Argentina. En 2020 lanzó “Días Así”, su álbum más personal y arriesgado, consagrándose definitivamente como una artista de vanguardia que, con su flow único, domina a su antojo el trap, soul, jazz, hip hop y candombe. En 2022 lanzó “La Vitamina”, una colaboración con el grupo de música electrónica y candombe F5, donde su voz se fusiona con el samba y un beat de funk carioca; fue portada de la lista Fresh Finds Latin de Spotify y se presentó en Barcelona y Madrid.
“La Vitamina es amor infinito a la música, al baile, es respeto y reconocimiento hacia las luchas de la población afro, es cuestionarme y cuestionarnos qué pasa cuando una parte de la población no accede a determinados bienes esenciales que resultan en un modo de vida desigual. Fue compuesta por Lechuga Zafiro y Wellington Silva, en un momento en el cual estaban buscando nuevas técnicas para llevar el candombe a la computadora, a lo digital. Fue una época donde empezaron a tocar más con las manos y no tanto con el secuenciador y el mouse, con controladores, y eso hizo que la canción tenga un estilo más rítmico en relación a otras cosas que habían creado. Todos los sintetizadores se desprendieron de las líneas del repique, del chico y del piano. En esa búsqueda, me fueron mandando lo que habían hecho y empezamos un ida y vuelta, un diálogo entre intentar hacerlo sonar más pop, un poco más pulido y a su vez con más espacios, entendiendo que era una música a la cual se le iba a sumar una letra. La estructura se fue moviendo dentro de ese diálogo, hasta sentir que habíamos llegado a la canción que habíamos imaginado o queríamos tener entre ambos proyectos musicales”.
“Siendo que es tan complicado ser trabajadores de las artes, en este caso la música, en todo el mundo pero específicamente en Uruguay, que es un país super pequeño, es vital que exista la posibilidad de presentarnos a fondos culturales, llamados que habiliten mostrar nuestra música, viajar a festivales, grabar discos, todo lo que hace a la música, crearla y tocarla. A su vez, si yo sé que existe un premio que puedo ganar por crear una canción, eso me va a motivar a seguir creando, a esforzarme por generar música de calidad, que suene lo mejor que se pueda dentro de mis posibilidades, que tenga cabeza y corazón puesta, por lo que considero que tienen que seguir existiendo estos premios del Programa Ibermúsicas e incluso que sean más en un futuro cercano”.
Ángel Molina, Carlos Cazal y Allan Adid Paredes han sido los ganadores por Paraguay de la 8va edición del Premio Ibermúsicas a la Creación de Canción 2021
En esta edición fueron recibidas 914 propuestas de toda la región en una gran demostración de la riqueza de nuestras músicas, la diversidad de los recorridos estéticos y las increíbles sonoridades de Iberoamérica. Todas las obras fueron presentadas bajo seudónimo y analizadas mediante un sistema de evaluaciones cruzadas por el cual un jurado, compuesto por destacadas y destacados artistas, periodistas musicales y productores fonográficos de un país, calificó las postulaciones presentadas por otra nación. En el caso de Paraguay, las obras fueron evaluadas por un jurado de Brasil.
Ángel Molina
La trayectoria musical deÁngelMolina estáenmarcada en elámbito del rock, formando parte de distintasbandasmusicales de la noche Asuncena, como Schtye y Nash, bandas pioneras en elHeavy Metal paraguayo del siglo XX y Fauna Urbana, ya en el siglo XXI.
ÁngelMolina inició suproducción, orientadahacia el folclore, a partir de un concurso de laMunicipalidad de Asunción, en mayo del 2014, con una mención por una guarania, “Cartadesde Asunción”. La misma fue grabadaluego por el cantante Ricardo Flecha en su discodeguaranias “Laguaraniacreceenlosterritoriosdel agua”,conlos arreglos del MaestroMauricio Cardozo Ocampo.
Su canción “Ama kaaru” resultó ganadora en 8va edición del Premio Ibermúsicas a la Creación de Canción 2021
“El proceso creativo es la más de las veces, azaroso. En mi caso, empiezo primero por la música. Es esta la que me da la inspiración para la letra, a partir del título de la misma. Esta vez la fui elaborando, mentalmente, caminando por las calles de la Ciudad de Asunción, de camino al trabajo y vuelta a mi casa, trabajando el tema de la ausencia, en los recuerdos asociados a las personas con los espacios urbanos, y teniendo como norte o mejor dicho como sur, la letra de la milonga “Los Hermanos” de Atahualpa Yupanqui, “y en nosotros nuestros muertos, pa’ que nadie quede atrás” Siempre hay como un detonante, un disparador, y a partir de allí, es como seguir un hilo, descubrir una melodía, que lleva encriptada la armonía y el ritmo. Pueden ser unas notas, como tocadas al descuido, un acorde con una alteración diferente o con un ritmo marcado, o una melodía robada de un sueño”.
“En el caso de la canción premiada, vino de tratar de imitar el chirrido de una hamaca, que producía un riff, un motivo muy particular y el juego posterior de ponerle una armonía, hasta que me sorprendió una copiosa lluvia vespertina, en medio de la cual fue desarrollándose, lentamente una guarania serena, nostálgica y de fraseo sencillo, pero típicamente paraguayo. Nominarla, fue fácil; “Ama kaaru”, lluvia de la tarde en guaraní. Conscientemente dejé luego las partes armónicas y rítmicas menos tradicionales, para la letra en guaraní, de modo a potenciar la letra, pero contando con el idioma vernáculo, como hilo conductor al género de la guarania”.
“La cultura es un proceso vivo, dinámico y que es parte primordial de la identidad de una sociedad. Corresponde a cada uno de sus integrantes conservar sus partes más identitarias y que evolucione, representando también a su tiempo. Como corresponde a todos, es allí donde las responsabilidades se diluyen y es cuando el Programa Ibermúsicas cobra su real importancia, como promotor permanente de la expresión cultural a través de la música”.
Carlos Cazal
Carlos Cazal es arreglador, compositor y director musical. Estudió música clásica con el Padre Pedro Viedma en el Colegio Salesiano de donde egresó como Bachiller en Ciencias y Letras. Luego estudió armonía arreglos y guitarra con el renombrado maestro de Música Carlos Schvartzman. Se desempeñó como profesor del Colegio Internacional, donde dirigió el coro denominado “Batucada Vocal”, obteniendo varios premios y menciones en festivales. Realizó arreglos vocales para los coros del club Centenario y de padres del colegio Goethe. También participó en la formación inicial del grupo “Ab-ovoy” como asesor musical y arreglador. Creó a principios del año 2001 el grupo “Bop Nova” con un marcado estilo pop y fusión que lanzó su primer disco en 2006. Otros grupos en los que también dirigió fueron: “Arte y tiempo” , “Cantatierra” y “Avance en cinco”.
Su canción “Cañadones y picadas” resultó ganadora en 8va edición del Premio Ibermúsicas a la Creación de Canción 2021.
“El proceso de creación de la canción fue rápido porque la inspiración fue sobre una región tan cara a los sentimientos de los paraguayos cual es la Occidental o Chaco y recordar nuestra Guerra del Chaco, librada contra Bolivia entre los años 1932 y 1935. Generalmente muy de repente me vienen melodías a la mente y enseguida las grabo en mi celular para no olvidarlas , en el caso de esta composición en particular traté de hacerla cantabile y amable al oído sin perder el sabor de la polka paraguaya con un sabor jazzístico contemporáneo”
Carlos Cazal fue convocado por el canal 4 (Telefuturo) para desempeñarse como coach en el programa de formato Internacional “Cantando por un Sueño”. En diciembre de 2009 fue convocado por el Centro Cultural El Cabildo y la Comisión Nacional del Bicentenario para hacerse cargo del proyecto “Coro de Niños del Bicentenario” . En junio de 2010 lanzó su primer disco de obras sinfónicas inspiradas en Batallas de la Guerra del Chaco. En Septiembre de 2014 grabó un DVD junto al Coro Campus Asunción de la UC del cual fue su director Titular, con trece canciones. Dicho material fue grabado en vivo en el concierto realizado en el Gran teatro del Banco Central del Paraguay. En agosto de 2015 dirigió la OSCA (Orquesta Sinfónica de Asunción ) en un concierto donde se conmemoraron los 95 años del Colegio Internacional estrenando obras de su autoría. En noviembre de 2017, el jurado del Premio Nacional de Música,otorgado por el Congreso Nacional concedió una mención de honor en la categoría Clásica o Selecta a su obra Batalla de Ingavi. En 2018, Carlos Cazal lanzó su disco “Música Paraguaya Contemporánea“ auspiciado por el FONDEC. Su canción “Ama kaaru” resultó ganadora en 8va edición delPremio Ibermúsicas a la Creación de Canción 2021
“El Programa Ibermúsicas me parece un excelente estímulo a los creadores de Iberoamérica y es un proceso de valoración de los artistas, músicos y compositores emergentes y generalmente se manejan sin apoyo de super productoras locales”.
Eme Alfonso, Alejandro Uría y Daniel Torres Corona han sido los ganadores por Cuba de la 8va edición del Premio Ibermúsicas a la Creación de Canción 2021. En esta edición fueron recibidas 914 propuestas de toda la región en una gran demostración de la riqueza de nuestras músicas, la diversidad de los recorridos estéticos y las increíbles sonoridades de Iberoamérica. Todas las obras fueron presentadas bajo seudónimo y analizadas mediante un sistema de evaluaciones cruzadas por el cual un jurado, compuesto por destacadas y destacados artistas, periodistas musicales y productores fonográficos de un país, calificó las postulaciones presentadas por otra nación. En el caso de Cuba, las obras fueron evaluadas por un jurado de Venezuela.
Eme Alfonso
Eme Alfonso, cantante y compositora cubana, toma sus raíces para combinarlas con sonidos electrónicos, percusiones del mundo y leyendas afrocubanas. Eme proviene de una familia de importantes músicos cubanos, quienes fueron pioneros en fusionar la música afro-cubana con el rock y el jazz. Formó parte de una banda emblemática que fue “Síntesis”.
Eme heredó la habilidad de fundir los sonidos de su isla con otros géneros extendidos y logró un sonido único con su música. Tiene una voz cálida y vibrante al mismo tiempo, lleva con firmeza su herencia musical y su energía sacude todos los escenarios en los que actúa. Inició su carrera como solista en 2008. Cuenta con tres publicaciones discográficas, “Señales”de 2009, “Eme” de 2012 y “Voy” de 2018. Ha ganado el Premio Cubadisco a Mejor Álbum Fusión. La NPR y la BBC la señalaron a la artista como “Una promesa de la música latina”. Su canción “ Quiero ” resultó ganadora en 8va edición del Premio Ibermúsicas a la Creación de Canción 2021.
“La canción surgió durante la pandemia, estuve componiendo mucho en esa época, a veces sola y a veces junto a mi padre Carlos Alfonso. Hacíamos más bien ejercicios de composición y de todo esto salió de repente esta canción, que al escucharla unos días después de hacerla me gustaba mucho y decidí terminarla. La canción es bastante sencilla y habla sobre un amor imposible en tiempos pasados, cuando las mujeres debían reprimir sus fantasías y conservar sus secretos por miedo a perder su hogar y sus bienes… tantas madres y abuelas han vivido así”.
Eme fue artista oficial del SXSW y Womex en 2019, participó en festivales y eventos en todo el mundo. En 2021 fue seleccionada por la Academia del Grammy para representar a Cuba en el mes de La Herencia Hispana y por la NPR para realizar Tiny Desk desde La Habana. Además de su carrera como solista ha trabajado en proyectos que promueven la diversidad cultural de Cuba como el proyecto “Para Mestizar” auspiciado por la UNESCO. Actualmente es Directora Artística del festival internacional Havana World Music, con apoyo del Ministerio de Cultura de Cuba y del concurso Primera Base para el desarrollo de jóvenes artistas auspiciado por el British Council.
“Realmente cuando escribo canciones empiezo por la armonía, espero a tener una secuencia armónica que me guste y luego voy buscando combinaciones, probando colores hasta que mi intuición me dice que lo que tengo es una base sólida que necesita desarrollarse. Luego sigo con la melodía que me toma muchísimo tiempo, porque pienso en mil melodías y decidirse por una siempre es difícil para mí. Finalmente la letra, que siempre busco que tenga un mensaje”.
“El Programa Ibermúsicas es imprescindible para motivar a los jóvenes a componer, es un incentivo y también un reconocimiento a la obra de autor. Me parece buenísimo y necesario en estos tiempos modernos”.
Daniel Torres Corona
Daniel Torres Corona se graduó con Título de Oro de la Escuela Nacional de Música en la especialidad de Asignaturas Teórico-Musicales en el año 2014, y posteriormente realizó la Licenciatura en Composición en la Universidad de las Artes (ISA). Entre los premios y reconocimientos de los que ha sido merecedor, se encuentran los siguientes: Primer Premio en el Festival Martiano de 2010 a nivel provincial con su obra para conjunto de cámara “Obertura Martiana”; Reconocimiento “Obra declarada de interés” en la VII edición del Concurso Internacional Amadeus de Composición Coral en Extremadura, España otorgado a la obra “Credo”, para coro femenino, en junio de 2013; Tercer Premio en el Concurso Internacional de Composición “Gitarrentage für Kinder im Saarland”, festival celebrado en Alemania en abril de 2014; Mención en el Concurso de Composición Harold Gramatges 2016 por su “Toccata” para piano; Premio de la Popularidad en el Concurso Adolfo Guzmán 2019 con la canción “Pretexto”; Premio Ibermúsicas 2021 a la Creación de Canciones por su obra “Mira”.
“Hasta el momento es la única canción en la que me he desempeñado escribiendo tanto la letra como la música. Generalmente musicalizo poemas ya escritos, como por ejemplo sucede en las canciones que hacemos con el Dúo Sudade integrado por Alejandro Uría (también premiado en el certamen por su canción “La Vieja Casa”) y yo. Para el texto me inspiré en ese momento de incertidumbre que todos vivimos durante los meses más duros de la pandemia (el confinamiento, el aislamiento social, etc.) y quise darle un toque de optimismo; intenté transmitir la idea de que un mundo nuevo nos tocaba a la puerta. Ejemplo de ello, es aquel “niño travieso” al que varias veces hago alusión, que no es más que mi deseo expreso de regalarle un nieto (o nieta) a mi madre. Tiempo después de terminar la canción, me di cuenta de que sin proponérmelo, había escrito una canción para ella”.
En el catálogo de Daniel Torres Corona figuran piezas para piano, corales, de cámara y orquestales. Algunas de sus obras han sido interpretadas en países como Perú, Alemania, México y los Estados Unidos. Asimismo, se ha desempeñado ocasionalmente como pianista acompañante, arreglista y productor musical.
“El proceso musical es el mismo en casi todas mis obras. Encuentro un motivo o frase que me llama la atención y partiendo de esa base comienzo a desarrollar la pieza. En estos casos, por supuesto, trabajo en constante correlación música-texto. Ya luego le doy una estructura, busco la mayor riqueza melódica y armónica posible”.
“El Programa Ibermúsicas es maravilloso. Su mayor mérito, a mi juicio, es que motiva a la creación, y saca a la luz lo mejor de nuestro continente en cuanto a músicas diversas, ricas, interesantes. Estoy muy feliz y agradecido de haber sido laureado por tan prestigioso evento”.