Autor: Ricardo Gomez Coll

  • O Pandora, grupo brasilreiro de violão percussivo promoverá uma residência artística com a compositora japonesa Nanao Yamada

    O Pandora, grupo brasilreiro de violão percussivo promoverá uma residência artística com a compositora japonesa Nanao Yamada

    Coincidindo com a inauguração do PandoraLab, um estúdio-laboratório para ensaios e criações coletivas, o Pandora, grupo brasileiro de violão percussivo vinculado ao CNPq e à Escola de Música da UEMG, promoverá uma residência artística com a compositora japonesa Nanao Yamada. Coordenado pelo Prof. Stanley Fernandes, o grupo busca expandir o repertório percussivo para violão, desenvolver pedagogia contemporânea e criar protótipos do instrumento, em parceria com luthiers mineiros.

     

    Nanao Yamada comporá uma obra-instalação inédita, explorando os violões percussivos do grupo e dialogando com a cultura brasileira e japonesa

     

    Nanao Yamada é compositora japonesa nascida em 1997. Ela estudou em composição na Faculdade de Música de Kunitachi, onde recebeu seu grau de bacharel, mestrado e seu título de doutorado em música espectral. Participou em vários cursos de composição, incluindo um curso de verão em Darmstadt  em 2023. Já cursou aulas com os compositores (Kawashima Motoharu, Toshio Hosokawa, Allain Gaussin, Dai Fujikura, Olga Neuwirth, Clara Iannotta, etc). Nos últimos anos, seus trabalhos tem sido apresentados no Japão e ao redor do mundo. Em 2023, iniciou um projeto de co-composição com o objetivo é descobrir novas músicas que não podem ser feitas por conta própria, através da composição conjunta com outros compositores.

     

    O PandoraLab oferecerá diversos recursos instrumentais e tecnológicos para experimentação sonora, incluindo percussões brasileiras e equipamentos de espacialização. A residência contará com visitas ao Circuito Cultural Liberdade e ao Inhotim, além de encontros com compositores locais.

     

    A obra resultante será apresentada em um concerto – performance, integrando outros trabalhos do grupo e colaborando para o intercâmbio cultural Brasil-Japão. O evento será documentado e amplamente divulgado.

     

    O presente projeto foi vencedor da chamada 2024 do Programa Ibermúsicas na linha de “Apoio a instituições para residências”.

     

    • 24 de abril a 16 de maio, Sala do PandoraLab PPG Artes (Rua Paraíba, 232 – Belo Horizonte) e Auditório do Museu Mineiro, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil
  • A produtora panamenha Yahaira Osiris, do AtrapandoSueños, lança sua turnê “Circulação pela Equidade na Indústria da Música”

    A produtora panamenha Yahaira Osiris, do AtrapandoSueños, lança sua turnê “Circulação pela Equidade na Indústria da Música”

    AtrapandoSueños anuncia o lançamento de sua tão esperada turnê “Circulação pela Equidade na Indústria da Música”, um projeto inovador criado para promover mudanças e fortalecer a colaboração na indústria musical da região.

     

    Com foco na colaboração e no empoderamento, o AtrapandoSueños e a MIM LATAM (Mulheres na Indústria musical) unem forças com organizações líderes como Cranea Música, Estación Crear, Sorora Música, Latido Sur, Casa Kilele e WMN. Juntas, elas buscam tornar visível e incentivar a participação ativa de mulheres e dissidentes na música. Essa turnê será um ponto de encontro fundamental para artistas, agentes do setor e comunidades, aportando um marco na luta pela igualdade de gênero.

     

    Durante a turnê, o AtrapandoSueños oferecerá palestras acadêmicas, conversas, workshops e consultorias com o objetivo de compartilhar conhecimento, inspirar novas colaborações e fornecer ferramentas essenciais para um setor musical mais inclusivo e equitativo. Além disso, workshops e espaços de diálogo permitirão que os participantes troquem experiências e criem redes de apoio em um ambiente de intercâmbio cultural e profissional.

     

    A turnê também busca consolidar a conexão entre os mercados de música da América do Sul, expandindo a presença de artistas da América Central na região. Em cada país, o AtrapandoSueños se reunirá com organizações de gênero e festivais de música que trabalham para dar visibilidade a mulheres e dissidentes no setor.

     

    Essa turnê é liderada por Yahaira Osiris, uma das figuras mais influentes do setor musical panamenho. Com mais de 25 anos de experiência, ela é a fundadora da AtrapandoSueños, uma plataforma que oferece seminários, workshops, palestras e consultorias para artistas emergentes e independentes, bem como para projetos criativos e marcas pessoais. Seu trabalho tem sido fundamental para a visibilidade das mulheres e da dissidência na música latina. Ela também é a fundadora do MIM LATAM e co-fundadora e organizadora do CAMM Central America Music Market.

     

    Por seu compromisso com a equidade, Yahaira Osiris foi reconhecida com o Prêmio BIME Equity by Amazon Music 2023, por seu trabalho como uma organização igualitária, e com o Reconhecimento da Prefeitura do Panamá em 2024, por sua contribuição à cultura e à arte.

     

    Este projeto está sendo realizado graças ao apoio do Ministério da Cultura do Panamá e do Programa Ibermúsicas através da linha “Apoio à circulação de profissionais da música”, chamada 2023.

     

    • A turnê passará pelo Paraguai, Argentina e Colômbia, de 23 de abril a 10 de maio de 2025.
    • 23 de abril, 19h: O After de AMI. Palestra: “Desenvolvimento do conceito artístico” por Yahaira Osiris na Terraza Cinelandia, Assunção, Paraguai.
    • 26 de abril, 16h: Conectá con Estación Crear. Palestra: “Gestão de Projetos Artísticos” com Yahaira Osiris na Casa Estación Crear
    • 28 de abril a 2 de maio: Networking com LatidoSur, Buenos Aires, Argentina
    • 10 de maio, 18h: Fórum MIM Mulheres na Música, Local: Casa Kilele, Bogotá, Colômbia
    • Todas as atividades serão gratuitas, mediante inscrição prévia. O link para inscrição estará disponível no perfil @atrapandosuenos
  • O violonista costa-riquenho Adrián Montero Moya apresenta “Guitarra Mestiza” na Colômbia, no México e na Espanha

    O violonista costa-riquenho Adrián Montero Moya apresenta “Guitarra Mestiza” na Colômbia, no México e na Espanha

    “Guitarra Mestiza” é uma jornada musical vibrante e emotiva que celebra a riqueza e a diversidade da música latino-americana por meio do violão clássico, honrando a essência mestiça do continente, fundindo o indígena, o africano e o europeu em uma mistura requintada que moldou a identidade musical da América Latina.

     

    Cada peça selecionada para este concerto é um tributo aos compositores que capturaram a alma do continente, desde danças folclóricas e ritmos tradicionais até obras contemporâneas. Com apresentações apaixonadas e uma narrativa que conecta a história com o presente, este programa não é apenas um tributo à música, mas também uma celebração de um patrimônio compartilhado que transcende fronteiras e tempo.

     

    Adrián Montero Moya é um dos músicos da Costa Rica mais aclamados internacionalmente. Vencedor de várias competições nacionais e internacionais, está sempre ativo na gravação de música contemporânea, especialmente obras de compositores costarriquenhos e latino-americanos.

     

    Ele já deu recitais na Costa Rica, Panamá, Cuba, México, Estados Unidos, França e Japão. Seu repertório abrange desde o período barroco até os dias atuais, com ênfase especial na música latino-americana contemporânea.

     

    Esta turnê de Adrián Montero Moya é possível graças ao apoio do Ibermúsicas através de sua linha de “Ajuda para a circulação de profissionais da música”, convocatória 2024.

     

    • 16 de abril: FESPO, Popayán, Colômbia
    • 22 de abril: Recital Internacional de Violão Clássico no Gimnasio Los Pinos, Bogotá, Colômbia.
    • 23 de abril: 19h: Auditório Fabio Lozano, Bogotá, Colômbia
    • 8 de maio: Teatro Nacional, San José, Costa Rica
    • 3 a 7 de junho: Festival Guitarromania, Colima, México
    • 14 de junho: Guitarras de Luthier, Barcelona, Espanha
  • O compositor brasileiro Andersen Viana (“Coletivo Pitágoras/Carmilla”) apresenta o início de sua ópera gótica “Carmilla”

    O compositor brasileiro Andersen Viana (“Coletivo Pitágoras/Carmilla”) apresenta o início de sua ópera gótica “Carmilla”

    O compositor brasileiro Andersen Viana (representando o “Coletivo Pitágoras/Carmilla”) apresenta o início da Ópera Gótica “Carmilla” (Cena: Feliz Aniversário, Mircalla!), com música feita a partir do desenvolvimento de três acordes dados pela Inteligência Artificial. Música, textos e concepção artística de Andersen Viana, cantada por vozes mistas (solo e coro), com acompanhamento de cordas, órgão e percussão. Participação do maestro Ángel Diego Merlo, estúdio Adiomidilab, Buenos Aires, Argentina.

     

    Carmilla é uma personagem extraída da primeira novela de ficção gótica da história feita pelo escritor irlandês Joseph Sheridan Le Fanu (1814-1873). Apresenta a primeira Vampira da literatura – uma vampira lésbica – tendo sido a influência direta para “Drácula” de Bran Stocker e todas as obras congêneres subsequentes, quer seja na literatura, no teatro, no cinema ou em vídeos musicais. A personagem Carmilla na novela de Le Fanu, é na verdade, a Condessa morta Mircalla Karnstein da Áustria que comemora seus 160 anos em uma reunião de vampiros vindos de todos os lugares do mundo.

     

    Esse projeto foi realizado com o apoio do Programa Ibermúsicas por meio de sua chamada “Ajuda a projetos virtuais” do ano 2024.

     

  • O maestro Eduardo Ferraudi, da Argentina, compartilha “Ala de Colibrí”, um novo vídeo da estreia das canções de Silvio Rodríguez em arranjo coral pelo Coro Nacional de Cuba

    O maestro Eduardo Ferraudi, da Argentina, compartilha “Ala de Colibrí”, um novo vídeo da estreia das canções de Silvio Rodríguez em arranjo coral pelo Coro Nacional de Cuba

    Em maio de 2022, o arranjador, compositor, cantor e regente de coral argentino Eduardo Ferraudi viajou de Buenos Aires, Argentina, para Havana, Cuba, para apresentar seu trabalho como regente convidado do Coro Nacional de Cuba (CNC), dirigido pela maestrina Digna Guerra. A apresentação foi realizada na Igreja San Francisco de Paula, em Havana Velha, com um programa composto por 13 canções do trovador Silvio Rodríguez, com arranjos corais criados pelo próprio Maestro Ferraudi e com a participação da cantora Ivette Cepeda, como solista convidada. O compositor homenageado esteve presente no concerto como parte do público.

     

    A ideia de criar um ciclo de canções sobre as obras de Silvio Rodríguez especialmente para o Coro Nacional de Cuba nasceu de um encontro entre Eduardo Ferraudi e a maestrina Digna Guerra na cidade de Buenos Aires. Ferraudi foi convidado a reger um concerto em homenagem a Digna Guerra por ocasião de um grande encontro de corais organizado pelo Programa de Orquestras e Coros Infantis e Juvenis para o Bicentenário realizado na Argentina. Ela encontrou no trabalho de Eduardo Ferraudi uma forma notável e particular de abordar os arranjos corais e a interpretação de obras de origem popular, e teve a ideia de propor a Ferraudi a criação de novos arranjos corais de canções de Silvio Rodríguez.

     

    Após o intenso trabalho de criação dos arranjos, Eduardo Ferraudi viajou a Cuba para ensaiar com o Coral Nacional e realizar a estreia das obras. Silvio Rodríguez esteve sempre presente em todas as etapas desse projeto, foi consultado em todos os momentos e também se sentiu muito honrado com essa iniciativa de adotar uma abordagem diferente em seu trabalho.

     

    Este trabalho foi realizado com o apoio de: Ministério da Cultura de Cuba, Programa Ibermúsicas, Instituto Cubano de Música, Centro Nacional de Música de Concerto, Escritório do Historiador e do próprio Silvio Rodríguez, que forneceu o equipamento necessário para a filmagem.

     

  • Começa “Habitar a Ruína – Laboratório experimental para processos criativos e colaboração virtual”

    Começa “Habitar a Ruína – Laboratório experimental para processos criativos e colaboração virtual”

    O projeto “Habitar a Ruína” propõe um laboratório virtual com membros do Proyecto Ars Nova (México), Sexteto Místico (México) e Violeta Morales (Chile) como artista visual. O projeto tem como objetivo criar um espaço para a colaboração artística à distância, com vistas a um produto artístico resultante da composição musical, criação audiovisual e performance musical.

     

    Em cinco etapas, os participantes compartilharão estratégias criativas em ambientes virtuais, culminando em uma experiência audiovisual. Posteriormente, serão realizados workshops virtuais e presenciais, conferências e shows para a comunidade, paralelamente à produção do álbum. O projeto incentiva a colaboração e questiona modelos hierárquicos nas artes, criando uma rede de apoio e documentando todo o processo.

     

    Nascido em 2019, o Projeto Ars Nova busca a criação, a colaboração, a reflexão e a divulgação da música contemporânea. Fundado pelos jovens compositores Erick Garcés Ramírez, Onir García Cerda e Gabriel Ayala Román, o projeto busca gerar um espaço fértil para a troca de ideias, conhecimentos e reflexões sobre o processo criativo que levará a novas obras e projetos conjuntos.

     

    É importante para eles que o projeto reescreva a relação entre o criador e o intérprete, ou mesmo entre os criativos envolvidos, quando os projetos forem totalmente coletivos. A reflexão sobre o processo criativo é redefinida como um dos pilares fundamentais da geração artística, sua disseminação e o próprio crescimento do artista; gerar a obra de arte não é o único exercício importante do criador, mas também os processos de comunicação, de obtenção de conhecimento, de questionamento, consigo mesmo e com os outros.

     

    O conjunto Sexteto Místico nasceu do desejo de tocar a obra homônima do compositor Heitor Villa-Lobos. A partir daí, iniciou-se o projeto de encomendar obras para essa formação, explorando assim sua riqueza tímbrica. Com o trabalho colaborativo entre novos compositores e esse sexteto, o objetivo é levar essa música viva aos ouvidos dos interessados em música de câmara. Da mesma forma, o conjunto é um laboratório para a divulgação do trabalho de novos compositores. Alguns deles são: Felipe Pérez Santiago, Francisco Cortés, Marie Gabrielle Blix, Erick Tapia, Andrea Sarahí, entre outros. Eles se apresentaram em locais distintos na Cidade do México e na Europa.

     

    Os processos e pensamentos criativos de Violeta Morales começam com o encontro e a observação de diferentes situações materiais, tanto acidentais quanto intencionais, no espaço público, na rua e nas atividades que são geradas ali. A coleção de objetos sempre foi um ponto de partida em seu trabalho e um impulso criativo, com o qual ela tenta gerar um significado e uma história a partir da observação e da intuição do potencial estético e simbólico que eles contêm. Por meio da integração de corpos humanos, animais ou híbridos, ela gera um vínculo entre esses corpos e os elementos à sua disposição, acrescentando uma dimensão emocional ligada à vida animal e humana que contrasta com a atonia dos objetos e materiais (como o cimento) que coexistem com seus corpos.

    • Sábado, 12 de abril: Sonhando através da linha. Eunice Shanti e Lucía Rodríguez
    • Sábado, 19 de abril: Mapas e nós. Coordenação: Gonzalo T. Alonso
    • Sábado, 26 de abril: Luvina Software. Coordenação: Onir García e Tamara Miller
    • Sábado, 3 de maio: Synth-nesthesia. Coordenação: Jes Bernal e Rodolfo Rogel
    • Sábado, 10 de maio: Som de vídeo. Coordenação: Violeta Morales e Tlaloc Muñoz
    • Sábado, 17 de maio: Encerramento e síntese do laboratório colaborativo

    Canal do Projeto Ars Nova no YouTube: https://www.youtube.com/@_Proyecto_Ars_Nova

  • O grupo colombiano Zumbao está atualmente em turnê pela Europa, nos palcos da Espanha, França e Bélgica

    O grupo colombiano Zumbao está atualmente em turnê pela Europa, nos palcos da Espanha, França e Bélgica

    Zumbao é um grupo de jovens virtuosos que se destacam no campo cultural colombiano, nascido da necessidade de tornar conhecidas as expressões musicais das planícies colombiano-venezuelanas, que são tão ricas e diversificadas que constituem um importante bastião da cultura musical da região.

     

    Seu trabalho abrange diferentes possibilidades de estilos, formatos e sonoridades, incorporando os instrumentos tradicionais do formato llanero: harpa, cuatro, voz, baixo elétrico e maracas, em uma viagem pelas batidas, passagens e formas de canto e criação artística que vigoram atualmente nas planícies.

     

    Essa turnê do Zumbao conta com o apoio do Ibermúsicas por meio de sua linha “Apoio à circulação de profissionais da música”, chamada 2024.

  • Uma nova reunião anual do Conselho Intergovernamental do Programa Ibermúsicas foi realizada no Panamá

    Uma nova reunião anual do Conselho Intergovernamental do Programa Ibermúsicas foi realizada no Panamá

    A vigésima segunda reunião do Conselho Intergovernamental do Programa Ibermúsicas foi realizada na Cidade das Artes, na Cidade do Panamá, de 1 a 4 de dezembro de 2025, sob a direção de sua presidenta Eulícia Esteves e organizada pelo Ministério da Cultura do Panamá.

     

    A reunião contou com a presença, como de costume, de representantes dos países que integram o programa e de representantes da CPLP (Comunidade de países de Língua Portuguesa) e da SEGIB (Secretaria Geral Iberoamericana), com a valiosa presença, como convidados, de representantes de Honduras, El Salvador e Guatemala e de um representante do CECC/SICA (Coordinación Educativa y Cultural Centroamericana / Sistema de la Integración Centroamericana).

     

    O Conselho foi uma instância fundamental para revisar o progresso dos compromissos previamente adotados e dar curso a novas iniciativas estratégicas regionais, bem como para consolidar o papel do Ibermúsicas como força motriz da cooperação musical ibero-americana. Durante as sessões de trabalho, foi aprovado o Plano Operacional Anual 2025, foram avaliadas as ações desenvolvidas durante o último período e foram delineadas estratégias futuras para continuar promovendo a cooperação técnica e financeira no campo musical ibero-americano.

     

    O Conselho saudou os resultados de várias iniciativas de destaque que refletem a amplitude das ações do Programa:

     

    • O edital conjunto com a CPLP, “Viagens pela música em língua portuguesa”, apoiou a circulação de artistas de países de língua portuguesa na África e na Ásia, consolidando um espaço de cooperação pluricontinental.
    • O Prêmio Brasil e o Prêmio Colômbia no Mundo reconheceram iniciativas que divulgam a música dos dois países em vários continentes.
    • Foi prestada homenagem à figura de Nicomedes Santa Cruz, por meio de um concurso comemorativo promovido pelo Peru, com o objetivo de resgatar e projetar o legado afro-peruano.
    • O Panamá apresentou o projeto especial “Las Realezas del Calypso”, um festival que celebra o patrimônio musical do Caribe centro-americano, com alcance regional e projeção internacional.
    • O Paraguai anunciou a realização do MICSUR 2026 em Assunção, e a Venezuela fez um convite a músicos ibero-americanos para treinar em sua recém-criada Universidade de Música.
    • As séries com curadoria Identidades Sonoras I e II apresentaram uma abordagem de audição não hegemônica em plataformas de streaming, destacando a riqueza do som da região.

     

    Um dos avanços mais significativos foi a apresentação do projeto “Acessibilidade e inclusão cultural: rumo a uma Ibero-América para o desfrute de todos”, que conta com o apoio da SEGIB. A iniciativa inclui ações específicas de acessibilidade digital, a elaboração de guias práticos para espaços culturais e a realização de oficinas de capacitação em conjunto com a Fundação Music for All. Dessa forma, o Ibermúsicas avança na garantia da igualdade de acesso à vida cultural para pessoas com deficiência.

     

    Foi anunciado o desenvolvimento de duas novas ferramentas estratégicas para a profissionalização do setor:

     

    • “Ibermúsicas Global”, uma plataforma digital que facilitará o encontro entre artistas e agentes culturais no circuito global internacional.
    • “A partir da Ibero-America”, uma série na web que documenta as experiências de internacionalização de artistas independentes beneficiários do Programa.

     

    O Conselho apresentou o progresso do Observatório Ibermúsicas, que sistematiza mais de uma década de dados sobre o setor musical com uma abordagem interseccional, incorporando variáveis de gênero, etnia, juventude e territorialidade. Além disso, foi analisada a participação de mais de 1.600 candidaturas às convocatórias de 2024, confirmando o crescente alcance e a relevância do Programa na região, o que nos incentiva a continuar ampliando os orçamentos.

     

    Mais de 14 linhas de convocação foram aprovadas para o ciclo de 2025, que incluirão:

     

    • Apoio à circulação, residências, especialização e projetos virtuais.
    • O retorno do concurso de composição da Banda Sinfônica, com estreias na Colômbia, Costa Rica, Cuba, México e Venezuela.
    • A 13ª edição do Prêmio Ibermúsicas de Canções para Crianças, com foco especial em migração e diversidade.
    • Sinergias com organizações como CPLP, MidAtlanticArts e vários países fora da região.

     

    Foi estabelecido o calendário oficial de inscrições para as convocatórias de 2025, com abertura em 2 de junho, encerramento em 1º de outubro e anúncio dos resultados previsto para 28 de novembro de 2025.

     

    Foi consolidada a Rede Ibero-Americana de Orquestras Sinfônicas (RIOS), que reúne mais de 70 instituições e organizará sua primeira reunião em novembro, em Santiago do Chile.

     

    Além disso, foi destacada a ampliação do Catálogo Ibero-Americano de Partituras, cuja apresentação internacional ocorrerá na feira Classical:NEXT (Berlim).

     

    Foram celebradas as estreias de obras sinfônicas e anunciadas as futuras apresentações de obras corais premiadas pelo Programa Ibermúsicas em Cuba e na Venezuela para as temporadas de 2024 e 2025.

     

    O Ibermúsicas reiterou seu compromisso de apoiar as indicações de manifestações musicais tradicionais da região à UNESCO, oferecendo apoio institucional aos arquivos ibero-americanos em processo de reconhecimento como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade.

     

    Os países membros compartilharam marcos normativos e estratégias nacionais, fortalecendo o intercâmbio de boas práticas e o diálogo intergovernamental, constituindo uma ação estratégica para a cooperação internacional efetiva para a melhoria contínua das políticas públicas. Destacou-se a experiência de Cuba, que integrou as obras vencedoras do Programa aos currículos de seus conservatórios, e do México, que está trabalhando na padronização dos catálogos nacionais de publicações com o Catálogo Ibero-Americano de Partituras.

     

    Por fim, foi apresentado o projeto “A música na era digital”, que abrirá um espaço regional de reflexão sobre os impactos da inteligência artificial, das plataformas de distribuição digital, dos direitos culturais e da sustentabilidade econômica do setor musical no contexto atual.

     

    No dia da abertura, o Conselho Intergovernamental Ibermúsicas teve a honra de contar com a presença de María Eugenia Herrera, Ministra da Cultura do Panamá, que em seu discurso de boas-vindas expressou estas belas palavras: “Obrigado por estarem aqui, por continuarem acreditando na cultura como um direito de todos os povos e na música como uma ponte de transformação, como uma linguagem que nos une. Que este seja um dia frutífero para todos nós. Sejam bem-vindos ao Panamá e lembremos sempre: a arte nos une e a cultura nos enriquece”.

  • Partilhamos a Memorabilia sobre os primeiros catorze anos de vida do Programa Ibermúsicas

    Partilhamos a Memorabilia sobre os primeiros catorze anos de vida do Programa Ibermúsicas

    Partilhamos a Memorabilia sobre os primeiros catorze anos de vida do Programa Ibermúsicas. Uma narração sobre a história e as ações do nosso programa contada na primeira pessoa pelas vozes daqueles que foram beneficiários e beneficiárias do Ibermúsicas desde a sua fundação em 2011 até aos dias de hoje.

    Artistas e agentes do sector da música ibero-americana dos 15 países que actualmente integram o nosso programa (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, Espanha, México, Panamá, Paraguai, Peru, Portugal, Uruguai e Venezuela) entrelaçam as suas vozes e testemunhos para dar conta do belo trabalho de cooperação ibero-americana realizado ao longo deste tempo.

    Contamos esta história com orgulho e, ao mesmo tempo, sabendo que ainda há muito por fazer. Porque os nossos desafios são do tamanho dos nossos sonhos e porque todos os dias haverá uma nova canção para cantar, uma nova obra para criar e todos os dias haverá alguém num lugar novo e distante que a quererá ouvir e acrescentar a sua voz.

    Partilhamos a história do nosso programa e de todos aqueles cujo trabalho e sonhos fazem parte dele.

    Brindamos a novas procuras, a percorrer novos caminhos, a alcançar novos horizontes sempre unidos pela cooperação e pela música.

    #Ibermusicas, o instrumento que nos une.

    BAIXAR MEMORABILIA

  • O compositor mexicano Víctor Ibarra inicia sua residência “Geografias da memória” com o Ensemble Mêtis em Nice, na França

    O compositor mexicano Víctor Ibarra inicia sua residência “Geografias da memória” com o Ensemble Mêtis em Nice, na França

    Geografias da memória é uma residência que tem como objetivo criar uma nova obra original para o conjunto francês Mêtis. O trabalho será concluído, corrigido, ensaiado e estreado durante a residência. A peça será escrita para um conjunto instrumental de flauta, saxofone, violino, viola e piano.

     

    A peça surge de uma reflexão sobre a maneira como um corpo d’água pode representar a ideia de uma divisão geográfica, identitária, cultural e conceitual, testemunhando a maneira como os seres humanos assumem, talvez às vezes inconscientemente, algumas das manifestações da natureza como um símbolo, atribuindo-lhes significado. Os diferentes corpos de água – que podem variar ao longo dos anos devido a diferentes circunstâncias: mudanças climáticas, deslocamentos tectônicos etc. – foram historicamente assumidos pelos seres humanos como uma separação territorial e até mesmo identitária.

     

    De origem mexicana, Víctor Ibarra experimentou, em sua vasta formação, tanto em seu país natal quanto na França e na Suíça, os ensinamentos de mestres como Hebert Vázquez, José Luis Castillo, Edith Lejet, Daniel D’Adamo ou Michael Jarrell, recebendo, entre outros, os seguintes reconhecimentos internacionais: primeiro prêmio no concurso Alea III, nos Estados Unidos, primeiro prêmio no concurso Auditorio Nacional de Música – Fundación BBVA, na Espanha, primeiro prêmio no concurso Mauricio Kagel, Prêmio Zeitklang, na Áustria, e primeiro prêmio no Concurso de Composição de Basileia, na Suíça. Ele foi selecionado para o 7º Fórum Internacional de Jovens Compositores do Ensemble Aleph. É membro da Casa de Velázquez – Académie de France em Madri. Concluiu seu Mestrado em Composição no Conservatoire National Supérieur de Musique et de Danse de Lyon, obtendo o primeiro prêmio por unanimidade e o reconhecimento da Fundação Salabert. Ele é membro do Sistema Nacional de Criadores de Arte do Fundo Nacional para a Cultura e as Artes do México. Desde 2017, é professor de Composição e Orquestração no Departamento de Música da Universidade de Guanajuato.

     

    Fundado em 2024, o Ensemble Métis surge como um ator importante no cenário da música contemporânea em Nice. O nome do grupo, Mêtis, refere-se ao Oceánide da mitologia grega e extrai sua força da diversidade de seus membros, que vêm de diferentes horizontes, dando-lhe uma riqueza cultural única. Essa diversidade é a própria fonte de seu nome e de suas inspirações artísticas, que estão profundamente enraizadas no terreno cultural da cidade. Graças a essa identidade plural, o Ensemble Métis tece vínculos estreitos com os principais eventos da cidade, como o festival Horizon Étendu, e se envolve em colaborações frutíferas com a nova geração de compositores, bem como com compositores de renome internacional. Como embaixadores da música contemporânea, a principal missão do Ensemble Métis é a criação e a divulgação de obras inovadoras. Impulsionado pela visão do compositor Alireza Farhang, ele reúne músicos eméritos, como o flautista Mario Caroli, o pianista Stephanos Thomopoulos, a violinista Violaine Darmon, o saxofonista Alberto Chaves, a violista Yona Zekri, entre outros. Juntos, eles trabalham ativamente para promover a criação musical contemporânea e estão totalmente comprometidos com o surgimento de novos talentos.

     

    Este projeto, conduzido por um compositor e oito intérpretes de alto nível, e que foi premiado pelo Programa Ibermúsicas na linha de “Apoio a artistas e pesquisadores para residências”, chamada 2024, simboliza um novo começo, fortalecendo assim os vínculos com instituições e atores culturais locais, nacionais e internacionais, dentro de um ecossistema artístico dinâmico e fértil.

     

    • De 13 de abril a 4 de maio em Nice, França