Autor: Ricardo Gomez Coll

Projeto interdisciplinar liderado por etnomusicólogos argentinos e franceses e arqueólogos do Museu Nacional de Antropologia do México – Subdireção de Arqueologia. O objetivo é estudar a prática sonora maia no seu contexto. Para isso, a equipe de pesquisa se concentrou na digitalização em 3D e na recriação de uma coleção de 15 artefatos instrumentais conservados no Museu Nacional de Antropologia do México.

Trata-se de um projeto de inovação tecnológica que visa valorizar, visibilizar e divulgar o patrimônio sonoro maia e, no futuro, desenvolver uma recriação interativa de suas sonoridades por meio da realidade virtual.

A equipe viajou a sítios arqueológicos maias, no coração da selva. Com equipamentos e tecnologia de ponta, foram realizadas gravações sonoras de interpretações musicais com as recriações dos instrumentos produzidos para esta ocasião, com o objetivo de criar uma experiência imersiva que reconectasse os ouvintes com os sons que estiveram perdidos durante séculos.

O projeto é uma colaboração multidisciplinar e internacional entre a França, a Argentina e o México, liderada pela UNTREF – Universidade Nacional de Tres de Febrero da Argentina, o PRIAE – Polo de Pesquisa, Interpretação e Arqueologia Experimental da França e a Subdireção de Arqueologia do Museu Nacional de Antropologia (MNA) do México.

O presente projeto foi vencedor da convocatória 2024 do Programa Ibermúsicas na linha “Apoio a Instituições para Residências”.

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Comemorando os cem anos do nascimento de um dos maiores artistas peruanos da história e celebrando a sua vasta obra e o seu legado imortal como folclorista e pensador que impulsionou a reivindicação da cultura e dos direitos da comunidade afro-peruana, juntamente com o objetivo de impulsionar e promover a criação de música popular para contribuir assim para a ampliação do repertório ibero-americano em seus diferentes gêneros e incentivar essas atividades com plena liberdade criativa, o Ibermúsicas e o Ministério de Cultura del Perú propuseram o “Concurso Ibero-Americano 100 anos do nascimento de Nicomedes Santa Cruz – Criação de Canção em décimas”, através do qual foi premiada a criação de uma canção inspirada na obra musical de Nicomedes Santa Cruz.

Foram apresentadas ao concurso 41 obras de 8 países diferentes. A obra vencedora foi “Entre cantos y poesía”, de Carlos “Coco” Llaque (Peru).

“Para mim, este trabalho é de especial importância porque me permitiu sintetizar a minha paixão pela poesia métrica popular com os ritmos e sons afro-peruanos da costa do Peru. É uma grande honra que a minha homenagem à obra de Don Nicomedes Santa Cruz tenha sido selecionada para o Prémio Peru – Ibermúsicas, 100 anos do nascimento de Nicomedes Santa Cruz – Criação de canções em décimas. Parabenizo todos os concorrentes e espero que possamos apreciar os diferentes temas apresentados.” Coco Llaque

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Portugal, lugar de fronteiras movediças, desenhado pelo colorido dos trânsitos e dos encontros. Uma narrativa sonora que explora a ideia de fronteira como possibilidade de cruzamento em que a identidade não se apaga. Fronteiras geográficas, culturais e entre géneros musicais são o mote desta viagem.

Cristina Clara é cantora e autora natural do Minho, a norte de Portugal. A viver em Lisboa desde 2005, com interesses que vão da literatura ao teatro, a artista dedica-se particularmente à sua carreira musical e explora no seu primeiro disco, as sonoridades que mais a atravessaram desde que chegou à cidade para exercer enfermagem, inspirada pelos permanentes diálogos inter-culturais em que se envolve. A sua música é influenciada sobretudo pelas canções tradicionais de Portugal, Cabo Verde e Brasil, suas afinidades e contrastes. Desde o lançamento do seu primeiro disco – Lua Adversa, 2021 -, vários foram os palcos pelos quais passou, nacionais e internacionais. Destacam-se o Festival Nos Alive, o Teatro da Trindade em Lisboa, o ciclo Há Fado no Cais no Centro Cultural de Belém, a Atlantic Music Expo em Cabo Verde, a Casa de Portugal de S. Paulo no Brasil, o Centre Culturèl des Artes Plurièls no Luxemburgo, o Festival Santa Casa Alfama, o Festival Internacional dos Açores ou a Grande Gala da Morna 2024. Foi uma das autoras convidadas para o Festival da Canção RTP 2024 onde foi finalista com o tema Primavera com letra própria e música do compositor cabo-verdiano Jon Luz. Cristina Clara tem desenvolvido um compromisso com a valorização da música tradicional portuguesa, promovendo e desenvolvendo – a solo e em parceria – oficinas onde a canção e as percussões tradicionais portuguesas são instrumento de estudo e experimentação.

Para esta segunda edição, foram convidadas e convidados músicas e músicos que receberam prêmios da Ibermúsicas em edições recentes de nossos concursos e linhas de apoio.

O convite consistiu em que cada um propusesse uma lista de 50 canções de artistas musicais de seu próprio país em torno do conceito de “Fronteiras”, abordando essa noção a partir de uma multiplicidade de perspectivas (fronteiras geográficas, culturais, simbólicas, delimitações possíveis ou imaginárias ou invisibilizadas).

Ouvir em: https://open.spotify.com/playlist/74t4pJu2derYYYTWDWQiRJ?si=a4vVBZXxSbCCI7dvCwUoBw&nd=1&dlsi=0191844e2b0c4f88

Comemorando os cem anos do nascimento de um dos maiores artistas peruanos da história e celebrando a sua vasta obra e o seu legado imortal como folclorista e pensador que impulsionou a reivindicação da cultura e dos direitos da comunidade afro-peruana, juntamente com o objetivo de impulsionar e promover a criação de música popular para contribuir assim para a ampliação do repertório ibero-americano em seus diferentes gêneros e incentivar essas atividades com plena liberdade criativa, o Ibermúsicas e o Ministério de Cultura del Perú propuseram o “Concurso Ibero-Americano 100 anos do nascimento de Nicomedes Santa Cruz – Criação de Canção em décimas”, através do qual foi premiada a criação de uma canção inspirada na obra musical de Nicomedes Santa Cruz.

Foram apresentadas ao concurso 41 obras de 8 países diferentes. A obra vencedora foi “Entre cantos y poesía”, de Carlos “Coco” Llaque (Peru).

‘Entre cantos y poesía’
homenageia em pé forçado
que cem anos tem passado
desde aquele feliz dia
A canção traz alegria
e uma preciosa bagagem.
Em seu ritmo uma linhagem,
sua melodia é ritual,
seu caráter, ancestral
e sua letra, uma homenagem.

Carlos “Coco” Llaque nasceu em Lima em 1970. Possui mais de 20 anos de experiência profissional como produtor de eventos corporativos, eventos culturais e congressos internacionais. É compositor, decimista, sonetista e realizador do microdocumentário “Somos Guzmán” (2021). Estudou música e guitarra com Carlos Hayre e Jorge Madueño. Nos anos 90, foi membro fundador da tuna da Universidade de Lima e dos quartetos de música latino-americana «Tampu» e «Caña y Madera». Nessa mesma época, as suas composições ganharam três Concursos de Canção pela Paz e representaram o Peru no Concurso Internacional Les Decouvertes 94, organizado pela Radio France Internationale. Foi vencedor do concurso Retos de Criação: ‘A capela’, organizado pelo Centro Cultural da Universidade de Lima (2021). É fundador e produtor geral da associação ‘Jarana de los Bachiches’, que em 2022 recebeu um reconhecimento do Congresso da República pelo seu inestimável contributo na criação e divulgação da música crioula.

Em 2024, lançou o seu primeiro álbum, ‘Dejar el alma en cada canción’, com 10 das suas composições em ritmos peruanos da costa, interpretadas por 36 artistas do mundo crioulo.

“Para mim, este trabalho é de especial importância porque me permitiu sintetizar a minha paixão pela poesia métrica popular com os ritmos e sons afro-peruanos da costa do Peru. É uma grande honra que a minha homenagem à obra de Don Nicomedes Santa Cruz tenha sido selecionada para o Prémio Peru – Ibermúsicas, 100 anos do nascimento de Nicomedes Santa Cruz – Criação de canções em décimas. Parabenizo todos os concorrentes e espero que possamos apreciar os diferentes temas apresentados.” Coco Llaque

• 27 de junho, a cargo do Ballet Folclórico Nacional, no âmbito das atividades do Festival Nicomedes Santa Cruz

O projeto “Arcos do Índico: Perspectivas Socioambientais na Construção de Instrumentos Tradicionais em Moçambique” trata-se de uma residência artística e de pesquisa entre a brasileira Lais Volpe e o moçambicano Matchume Zango, que acontecerá na Nzango Artist Residency, na cidade da Matola. em Moçambique, durante os meses de Junho e Julho de 2025.

Será desenvolvida uma pesquisa e documentação audiovisual das práticas culturais e musicalidades ligadas a construção do instrumento XITENDE, a partir das experiências trazidas por Matchume tanto no processo de criação musical, como também de criação do próprio instrumento, desde a recolha da matéria prima até o ponto de afinação para que possa ser tocado por alguém.  Este processo criativo será compartilhado com os estudantes do curso de música da Universidade Eduardo Mondlane, para que as novas gerações de pesquisadores e artistas tenham acesso ao debate, através de uma palestra com Matchume Zango e Lais Volpe.

Como produto final, será criado um curta-metragem como uma síntese da residência artística e de pesquisa.

Lais Volpe é arte educadora ambiental, geografa (UFF – Universidade Federal Fluminense), pós-graduada em políticas culturais de base comunitária (FLACSO), mestranda no PPCULT-UFF (Universidade Federal Fluminense). Gestora de projetos da Nzango Artist Residency (MZ) e integrante do Movimento de Empoderamento Feminino Baque Mulher Niterói (BR). É produtora cultural e atua desde 2017 em colaborações artisticas entre Moçambique, Brasil e outras partes do mundo. É uma das fundadoras da Associação Reaproveitamento Criativo, uma iniciativa que surgiu em 2017 através da colaboração entre artistas e educadores moçambicanos e brasileiros, na tentativa de criar caminhos sustentáveis para as práticas artísticas por meio do reaproveitamento de recicláveis.

Matchume Zango é um mestre tocador de timbila, percussionista, compositor e produtor de Maputo, Moçambique. Ele possui mestrado em Performance Musical pela Universidade da Cidade do Cabo, onde também fez parte do corpo docente. É membro fundador do Timbila Muzimba, uma das bandas mais importantes de Moçambique. É considerado um dos grandes mestres tocadores de Timbila em Moçambique.

Nzango Artist Residency, construída entre 2008 e 2012, tendo iniciado oficialmente suas atividades em março de 2013 na região da África Austral, é uma vibrante plataforma de intercâmbio para artistas de Moçambique e países vizinhos. Sua estrutura permite parcerias sustentáveis por meio de intercâmbio artístico, produção musical, gravação de álbuns e conteúdo audiovisual, bem como a progressão da pesquisa acadêmica em música tradicional africana e a preservação de culturas bantu locais dentro e fora de Moçambique. O foco dos seus projetos é possibilitar a pesquisa e documentação de uma geração mais velha de músicos tradicionais e seus sons. Também trabalha-se na criação musical, em workshops técnicos de estúdio para capacitação de músicos locais e na circulação de novas músicas.

• Junho e julho em, Nzango Artist Residency / ECA – Escola de Comunicação e Artes da UEM – Universidade Eduardo Mondlane, Matola – Moçambique

A dupla panamenha Monalisa e Rodrigo, dedicada à música popular, levará sua arte e visão de inclusão à Costa Rica, país irmão e vizinho do Panamá. Eles levarão sua mensagem de inclusão e amor por meio de concertos, workshops e participação no CAMM, um importante mercado musical que apresenta oportunidades únicas para o desenvolvimento da cena musical e o enriquecimento cultural da região centro-americana.

Além do concerto no CAMM, Monalisa e Rodrigo apresentarão workshops musicais destinados a jovens da região. Durante esses três dias de mercado, Monalisa e Rodrigo pretendem criar laços sólidos com programadores e artistas da região, com o objetivo de criar redes de trabalho e parcerias criativas.

Através desses concertos, workshops e mercados, a intenção é desenvolver e fortalecer as cenas musicais da região, especialmente para artistas emergentes.

O intercâmbio cultural com uma visão voltada para a inclusão é parte central desta iniciativa. Além disso, a dupla também realizará uma oficina para jovens, que será totalmente gratuita. Nela, será abordada a música como instrumento de inclusão. Em seguida, a dupla ministrará mini aulas de violão, composição e canto em pequenos grupos.

O Mercado Musical (CAMM) é o mercado da indústria musical da região, dedicado a fortalecer e dinamizar o setor musical nos países que compõem a América Central. Sua missão é promover a negociação, a circulação e o intercâmbio de experiências entre os apaixonados pela música da América Central e da América Latina.

Monalisa e Rodrigo formaram uma dupla de cantores e compositores em 2014. Eles são reconhecidos em seu país natal, o Panamá, como uma dupla de destaque que promove uma mensagem de amor, diversidade e inclusão através de sua música. Seu último álbum se chama Rubén Blades Es Su Nombre (2023). Ao longo de 10 anos de carreira, foram finalistas do Concurso de Composição de Canções John Lennon, bem como do Festival Internacional de Canção de Punta del Este. Monalisa & Rodrigo tiveram a honra de abrir os shows de lendas como Sin Bandera, Camila e Noel Shajris.

Foram cinco vezes vencedores de prêmios e concursos da Ibermúsicas. Essas atividades, a serem realizadas na Costa Rica, também contam com o apoio da Ibermúsicas por meio de sua linha “Apoio à circulação de profissionais da música”, convocatória 2024.

• De 28 a 30 de junho no Mercado Musical CAMM, San José, Costa Rica.

O grupo argentino de choro Mistura & Manda, através de seu projeto de formação “Choro Parceiro Argentina”, propõe o 4º Ciclo Anual de “Práticas de Choro” para músicos que desejam aprender ou aprofundar seus conhecimentos neste belo gênero musical instrumental tipicamente carioca. Com a coordenação de um grupo de músicos com experiência no gênero, serão realizadas dez práticas de choro por mês.

Mistura & Manda é um grupo de músicos argentinos que se dedica exclusivamente ao choro há 20 anos. A partir de 2020, acrescentaram à sua atividade musical a tarefa de divulgar e ensinar o gênero musical por meio da iniciativa Choro Parceiro Argentina, um projeto que conta com o apoio institucional da Escola Portátil de Música – EPM Rio de Janeiro.

Na convocatória 2024 do Programa Ibermúsicas, receberam o Prêmio Especial Brasil/Ibermúsicas concedido pela FUNARTE (Fundação Nacional de Arte) do Brasil, somando assim mais um merecido reconhecimento ao seu trabalho, desta vez concedido pela mais alta instituição governamental de cultura do país de origem do choro. Este prêmio especial do Programa Ibermúsicas, em colaboração direta com a FUNARTE, tem como objetivo mapear e ao mesmo tempo reconhecer as iniciativas dedicadas à divulgação, pesquisa e ensino da música brasileira, em qualquer parte do mundo e fora do território nacional.

• Próximo encontro: 22 de junho das 17h às 19h30 no “Bar de Fondo”, Julián Álvarez 1200, Palermo, Buenos Aires, Argentina
• Concerto: 29 de junho, 20h no “Bar de Fondo”, Julián Álvarez 1200, Palermo, Buenos Aires, Argentina
• Inscrições em: @choroparceiro_argentina

Ino Guridi e Krishna Della Valle realizarão uma turnê em dupla por Santiago do Chile com o apoio da Ibermúsicas. Será a segunda vez no ano que elas visitam o país. Nascida em Montevidéu, Uruguai, Ino Guridi é artista e produtora com mais de 15 anos de carreira. Com seu primeiro projeto, “Isla Panorama”, ela percorreu diversos palcos de Santiago do Chile e Buenos Aires.

Seu primeiro álbum de estúdio, “Pasará”, foi reconhecido pela imprensa nacional e internacional como um dos melhores de 2023, combinando elementos tradicionais do Uruguai, como o candombe e a milonga, com o pop e a música eletrônica. O álbum lhe rendeu duas indicações ao Prêmio Graffitti de Melhor Álbum de Pop Alternativo e Melhor Artista Feminina.

Junto com Krishna Della Valle, produziu “Vigilia”, seu segundo álbum de estúdio, a ser lançado em julho de 2025 pela Little Butterfly Records.

Esta turnê de Ino Guridi e Krishna Della Valle é possível graças ao apoio da Ibermúsicas através do seu programa “Ajuda à Circulação de Profissionais da Música”, convocatória 2024.

• 26 de junho em “Cerros de Chena” com Yoya Maskull
• 27 de junho no “Centro Perdido” com Chicarica